Hezbollah reivindica ataque a Israel após acusar país de violar trégua
Do UOL, em São Paulo
02/12/2024 14h03
O movimento libanês Hezbollah reivindicou, nesta segunda-feira (2), a responsabilidade pelo primeiro ataque a Israel desde o início da trégua, acusando o exército israelense de violar o cessar-fogo de 27 de novembro.
O que aconteceu
Hezbollah disparou projéteis contra as colinas ocupadas de Kfarchouba. O território foi por Israel, mas é reivindicado pelo Líbano.
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No Telegram, o grupo classificou o ataque a uma instalação militar israelense como uma "resposta defensiva de alerta inicial". Segundo o comunicado, o ataque foi realizado após "repetidas violações" do cessar-fogo por parte de Israel. Pelo menos duas pessoas foram mortas hoje em ataques israelenses no sul do Líbano, informaram autoridades libanesas.
Cessar-fogo teve início no dia 27 de novembro. Acordo estipula que Israel não realizará operações militares ofensivas contra alvos civis, militares ou outros alvos estatais no Líbano, enquanto o Líbano impedirá que qualquer grupo armado, incluindo o Hezbollah, realize operações contra Israel.
Israel nega fim da trégua. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, rechaçou nesta segunda-feira as acusações libanesas de que Israel está violando a trégua com o Hezbollah no Líbano.
"Ouvimos dizer que Israel está violando o acordo de cessar-fogo no Líbano" que entrou em vigor em 27 de novembro. "Pelo contrário, Israel está aplicando-o" em resposta "às violações do (grupo islamista) Hezbollah que exigem ação imediata", disse ele em um comunicado.
O governo israelense prometeu "resposta contundente" aos ataques do Hezbollah durante trégua, disse o ministro da Defesa, Israel Katz. "Prometemos agir contra qualquer violação do cessar-fogo por parte do Hezbollah - e é exatamente isso que faremos. Os disparos do Hezbollah contra o posto das FDI em terão uma resposta dura", escreveu.
O acordo de cessar-fogo foi mediado por França e Estados Unidos. A trégua também estabelece que o exército israelense deve se retirar do sul do Líbano em um prazo de dois meses. Por sua vez, o movimento xiita deve recuar suas posições para norte do rio Litani, a cerca de 30 km da fronteira entre Israel e Líbano.
*Com AFP