O que se sabe sobre o caso do fotógrafo brasileiro que desapareceu em Paris
Do UOL, em São Paulo
04/12/2024 15h49
O fotógrafo brasileiro Flávio de Castro Sousa, 36, desapareceu em 26 de novembro em Paris, na França. O caso mobiliza os familiares, a polícia e o Itamaraty.
O que se sabe sobre o caso
Ele foi visto pela última vez na terça-feira (26), na Rue des Reculettes, região em que estava hospedado. Sousa chegou à França em 1º de novembro para registrar o casamento de conhecidos brasileiros. Ele é natural de Belo Horizonte e tem trabalhos frequentes no país europeu.
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Brasileiro fez check-in online em voo de retorno, marcado para às 12h do dia 26, mas não embarcou. Últimas postagens dele nas redes sociais foram feitas um dia antes de sumir, em 25 de novembro.
Sousa avisou amigo francês que havia caído no rio Sena. Alex Gautier disse que recebeu sequência de mensagens no WhatsApp sobre o acidente, ocorrido em uma altura próxima à Torre Eiffel, no dia 26.
Testemunhas dizem que o fotógrafo deu entrada no Hospital Georges Pompidou às 6h, sendo liberado ao meio-dia. O UOL entrou em contato com o hospital, que não quis comentar o caso por questões de privacidade médica. Funcionários do local disseram a amigo que ele saiu bem e consciente.
Quais foram as últimas mensagens do brasileiro
8h40: o fotógrafo disse estar no Hospital Georges Pompidou após cair no rio Sena e ser resgatado por um bombeiro depois de três horas na água gelada.
12h52: Sousa mandou uma foto da agência imobiliária em que prorrogaria a estadia do seu apartamento. A empresa confirmou a Rafael Basso, amigo de Sousa que mora em Paris, a ida dele até lá para estender o aluguel por um dia.
14h01: Sousa mandou fotos das roupas sujas após sua queda no Sena e disse que a agência o havia emprestado novas, além de um carregador de celular.
14h23: é o último contato de Sousa, que afirmou que iria dormir.
Celular achado em vaso de plantas
Faxineira encontrou apenas malas no apartamento. Mulher contratada pela imobiliária encontrou pertences do brasileiro após o fim da locação. Gautier retirou o passaporte e as bagagens, que não quis abrir sem a presença da polícia.
Celular foi encontrado em um restaurante próximo ao local da queda. Aparelho estava em um vaso de plantas e foi encontrado no dia 27. No dia 28, os funcionários atenderam uma ligação da mãe de Sousa, que ligava insistentemente na esperança de o filho atender.
Mala foi aberta pela polícia, mas não foram encontradas pistas, apenas objetos pessoais e equipamentos de trabalho. Basso disse que autoridades os acolheram "muito bem" e que pertences foram inspecionados pela polícia francesa, com presença de autoridades brasileiras. Ainda segundo ele, o celular e o computador do fotógrafo serão enviadas para o Brasil para serem periciados.