Israel diz que ainda restam 98 reféns em Gaza: 'Não abraçamos há 467 dias'

Antes do anúncio de acordo para cessar-fogo entre Israel e Hamas, o governo israelense lembrou nesta quarta-feira (15) que restam ainda 98 reféns na Faixa de Gaza.

O que aconteceu

''Não os abraçamos há 467 dias'', escreveu o governo de Israel. O país compartilhou nas redes sociais a foto dos reféns que ainda restam e afirmou que não descansará até que estejam em casa. ''98 de nossos irmãos, irmãs, filhas, filhos, mães, pais e avós'', escreveu.

Entre os reféns, estão duas crianças. Além delas, há mulheres, idosos, adolescentes e jovens. Segundo as imagens divulgadas por Israel, a maioria deles é de homens.

98 israelenses ainda estariam sendo feito reféns, segundo Israel
98 israelenses ainda estariam sendo feito reféns, segundo Israel Imagem: Reprodução / Governo de Israel

O acordo de cessar-fogo deixou as famílias dos 98 israelenses com uma mistura de sentimentos. Enquanto os negociadores selam o pacto, familiares relatam sentir esperança, apreensão e até raiva quando pensam na situação dos que ainda são mantidos no enclave.

Israel acredita que a maioria dos reféns estejam vivos, mas não há confirmação do Hamas. A proposta inicial compartilhada entre Israel e o Hamas pelos mediadores do Qatar previa que 33 crianças, mulheres e homens mais velhos, bem como reféns doentes e feridos, sejam liberados na primeira fase.

Em troca, centenas de prisioneiros palestinos também seriam soltos. Se tudo correr bem, os negociadores começarão a conversar sobre a libertação dos civis e soldados restantes, bem como dos corpos dos reféns mortos, como parte de um pacote de medidas para encerrar a guerra de 15 meses.

Operação para resgate dos reféns vai se chamar 'Asas da Liberdade', dizem Forças de Defesa de Israel. Em publicação nas redes sociais, o exército informou que se prepara para resgatar quem ainda está na Faixa de Gaza.

''Este é o último momento, podemos salvá-los'', disse Hadas Calderon, israelense que teve a família sequestrada, à Reuters. O marido Ofer e os filhos Sahar e Erez foram levados com cerca de 250 outros quando homens armados liderados pelo Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro de 2023. Crianças foram libertadas na primeira troca de reféns há dois anos e o companheiro está entre os que podem ser liberados na primeira fase do novo acordo.

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Na sexta-feira (10), corpos de pai e filho israelenses foram repatriados após morrerem em cativeiro do Hamas. Hamza e Youssef Ziyadne, beduínos, foram sequestrados no dia 7 de outubro de 2023 enquanto estavam em uma colheita de azeitonas.

Conflito dura 15 meses

No dia 7 de outubro de 2023, homens liderados pelo Hamas invadiram o sul de Israel. Com ataques aéreas e por solo, 1.200 soldados e civis israelenses foram mortos, no pior ataque a Israel em sua história.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu no próprio dia invadir Gaza. Dias depois, as forças militares deram um aviso para que em 24 horas os palestinos fugissem do norte da região, onde viviam 1,1 milhão de palestinos.

A campanha de Israel em Gaza já dura mais de um ano desde então. Durante os 15 meses de conflito, mais de 46.000 combatentes e civis palestinos foram mortos e o estreito enclave costeiro foi devastado. Apenas um punhado de reféns escapou ou foi libertado pelos militares.

Gaza enfrenta uma crise humanitária sem precedentes. Após o mega-ataque, Israel isolou o território e limitou a entrada de ajuda humanitária. Atualmente, a população local, estimados em 2,3 milhões antes do combate, vive uma escassez de água, comida, medicamentos e combustível.

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Diversas tentativas com mediação internacional de acordo foram feitas ao longo dos últimos dois anos. Mesmo com esforços dos EUA, Egito e Qatar, nenhuma das duas partes se mostrou disposta a aderir a um suposto consenso.

Em novembro de 2024, TPI (Tribunal Penal Internacional) mandou prender Netanyahu. O órgão emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o comandante do Hamas Mohammed Deif, o último supostamente morto. Todos acusados de crimes de guerra.

17 comentários

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Ricardo Willy dos Santos

HAMAS É CULPADOPOR TUDO!!! SE NÃO  TIVESSE ENVADIDO, MATADO, SEQUESTRADO, ESTUPRADO, DECAPITADO, NADA DISSO TERIA ACONTECIDO!!! SE ALGUEM INVADE A SUA CASA E NO MINIMO SEQUESTRA A SUA FAMILIA VICE VAI FICAR PARADO!?!?!?  LIBERDADE PARA OS REFENS!!!

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Fauze Mohamad Fares

O genocídio nunca será esquecido!!!

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Samara Sobral Correa

Graças a Deus que acabou o genocidio Muitas mortes para nada

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