Helicóptero que se chocou com avião nos EUA saiu da rota aprovada, diz NYT

O helicóptero militar que colidiu com um avião comercial da American Airlines em Washington, nos Estados Unidos, e deixou 67 mortos, na última quarta-feira (29), estava fora da rota de voo aprovada no momento do acidente. A informação é do jornal norte-americano The New York Times.

O que aconteceu

Fontes ouvidas sob sigilo pelo NYT afirmam que helicóptero deveria estar voando em local diferente da área em que ocorreu colisão. Segundo afirmaram ao jornal quatro funcionários envolvidos na investigação do acidente, mas não autorizados a falar publicamente, a rota prevista para o Black Hawk do Exército dos EUA era em uma altitude mais baixa no momento em que atravessava o movimentado espaço aéreo do aeroporto Reagan, na capital norte-americana.

Helicópteros precisam receber autorização para sobrevoar espaço aéreo comercial. O piloto do Black Hawk havia pedido permissão ao controlador de tráfego aéreo para percorrer uma rota específica e pré-determinada, segundo apurou o jornal. Isso permitiria ao helicóptero voar a não mais de 60 metros do solo sobre a margem leste do rio Potomac — trajeto que teria evitado o encontro com o avião da American Airlines.

Piloto do helicóptero teria reportado a presença da aeronave comercial ao controlador de tráfego. O técnico então instruiu o piloto a seguir a rota pré-estabelecida e seguir atrás do avião.

Condutor do Black Hawk, porém, não seguiu as instruções. Ainda segundo o NYT, o helicóptero militar voava a mais de 90 metros do solo, e não a 60 metros, como o determinado. Além disso, estava a cerca de 800 metros de distância da rota aprovada quando colidiu com o avião.

Donald Trump confirmou que helicóptero ultrapassava limite de sobrevoo. Em publicação na rede social Truth Social nesta sexta, o presidente norte-americano escreveu: "O Black Hawk estava voando muito alto, muito mesmo. Estava muito acima do limite de 200 pés [aproximadamente 60 metros]. Isso não é muito complicado de entender, não é mesmo?".

Piloto do helicóptero já havia percorrido mesma rota antes do acidente. Conforme informou um dos funcionários envolvidos na investigação ao NYT, o condutor estava "bem ciente" das restrições de altitude e do espaço aéreo movimentado onde foi autorizado a voar próximo ao aeroporto de Reagan.

Acidente segue sendo investigado por autoridades federais. Um alto oficial do Exército pediu cautela com especulações sobre o que teria causado a colisão das aeronaves até que a caixa preta do helicóptero seja recuperada e analisada, juntamente com outros dados da investigação, ainda segundo o NYT.

27 comentários

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.


Valmir Arantes

E Trump havia feito acusações sem provas à funcionários controladores de tráfego aéreo para lacrar só porque esses seriam contratados por cotas...intrigas e mentiras, tal qual seus subservientes boçalnaristas...

Denunciar

Francisco Alexsandro Soares Alves

Pois é. parece que o piloto fazia parte de minorias com problemas emocionais e ou psiquiátricos que inclusão insiste em dizer que pode fazer o que quiser e estar aonde quiser. Não pode, nem uma coisa nem outra. O piloto já fazia isso. Já sabia e desobedecia. Por quê? Talvez por ser parte de uma geração que não concorda com regras, hierarquia e obediência. São coisas masculinas e patriarcais, certo? Então, agora precisamos parar de brincar com essa de diversidade e inclusão. 

Denunciar

Horacio Avelino Lourenco Rodrigues

Interessante como tem gente que gosta de parecer especialista, quando não entende nem um pingo sobre aeronáutica, dando palpites por aqui...

Denunciar