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Cientistas 'presos' na Antártida pedem socorro após agressão de colega

Base Sanae IV, na Antárdita, onde estão cientistas da África do Sul - South African National Antarctic Programme Base Sanae IV, na Antárdita, onde estão cientistas da África do Sul - South African National Antarctic Programme
Base Sanae IV, na Antárdita, onde estão cientistas da África do Sul Imagem: South African National Antarctic Programme

Do UOL, em São Paulo

20/03/2025 05h30

Pesquisadores da África do Sul que estão em uma base na Antártida pediram ajuda ao governo do país após relatarem o comportamento agressivo de um membro da equipe. A pessoa teria cometido agressão física e assédio sexual contra colegas. Por enquanto, todo o grupo permanecerá no local.

O que aconteceu

O Ministério do Meio Ambiente da África do Sul recebeu a denúncia no final de fevereiro. A pasta supervisiona as missões de pesquisa e teria recebido um email de um dos membros relatando o problema na base Sanae IV, segundo a agência AP. Na mensagem, a pessoa teria dito que um homem atacou o líder da equipe e fez ameaças de morte. O caso foi noticiado pela primeira vez pelo jornal Sunday Times da África do Sul.

No relato, o grupo pedia ajuda. "Seu comportamento escalou a um ponto que é profundamente perturbador", disse o email. "Continuo profundamente preocupado com minha própria segurança, constantemente me perguntando se posso ser a próxima vítima."

Autoridades mediaram o caso remotamente. O ministério disse que o agressor passou por avaliação psicológica e que conselheiros estavam em contato com a equipe quase diariamente. As alegações estavam sendo investigadas.

Acusado pediu desculpas pelo ocorrido. A pasta afirmou que a pessoa demonstrou remorso e está cooperando voluntariamente, além de ter escrito um pedido formal de desculpas à vítima da suposta agressão. Ninguém foi identificado.

Ministro disse que não vai trazer equipe de volta. "Não houve incidentes que exigissem que qualquer um dos nove membros da equipe fosse trazido de volta para a Cidade do Cabo", disse Dion George, ministro do meio ambiente da África do Sul, em uma declaração ao The New York Times. "Tudo na base está calmo e sob controle", completou.

Condições dificultam acesso à base de pesquisa. O local fica isolado, cercado por gelo glacial, a mais de 4.000 km da África do Sul. A próxima visita de um navio de suprimentos está prevista para dezembro, em uma viagem que dura cerca de dez dias, partindo da Cidade do Cabo.


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