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Israel ameaça aumentar ataques; Hamas diz que reféns voltarão 'em caixões'

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante discurso na ONU - Reprodução/YouTube Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante discurso na ONU - Reprodução/YouTube
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante discurso na ONU Imagem: Reprodução/YouTube

Colaboração para o UOL, em São Paulo*

26/03/2025 10h39Atualizada em 26/03/2025 10h39

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que vai aumentar os ataques à Faixa de Gaza e pode até tomar parte do território da região caso o Hamas não entregue todos os reféns israelenses.

O que aconteceu

Netanyahu ameaça "repressão mais poderosa" caso Hamas não liberte reféns. O primeiro-ministro disse que a repressão inclui "a tomada de território e outras coisas", durante uma sessão no Parlamento, onde foi ocasionalmente interrompido por gritos da oposição.

Ideia de tomar território de Gaza foi mencionada por ministro da Defesa ontem. Israel Katz disse que "Se o Hamas continuar com sua intransigência, pagará um preço alto, cada vez mais alto, pela tomada de território (por Israel) e pela eliminação de militantes e da infraestrutura terrorista até sua rendição completa"

Grupo palestino ainda mantém 59 reféns. Acredita-se que 24 ainda estejam vivos, entre os mais de 250 que foram apreendidos em seu ataque a Israel em 7 de outubro de 2023. A maioria dos demais foi libertada, ou seus corpos foram entregues, em trocas negociadas. Enquanto isso, Israel mantém centenas de palestinos presos em seu território, incluindo 11 palestino-brasileiros.

Hamas responde e ameaça devolver reféns mortos se ataques aumentarem. Em comunicado, o grupo afirma que está "fazendo todo o possível para manter com vida os prisioneiros da ocupação, mas que os bombardeios sionistas (israelenses) aleatórios estão colocando suas vidas em perigo".

Toda vez que a ocupação tenta recuperar seus reféns à força, acaba trazendo-os de volta em caixões
Hamas

Ao menos 830 palestinos morreram desde retomada de ataques israelenses. Israel retomou os bombardeios aéreos na Faixa de Gaza, densamente povoada, na semana passada, e também as operações terrestres. Ação encerrou uma fase de relativa calma motivada pelo cessar-fogo alcançado com o Hamas em janeiro. No total, mais de 50 mil pessoas — em vasta maioria civis palestinos — já morreram na Faixa de Gaza.

*Com Reuters e AFP


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