Retrospectiva: Os desafios mundiais de 2013 na visão dos Estados Unidos
O jornal "New York Times" elaborou uma lista de países e desafios mundiais para 2013, sempre levando em consideração sua importância geopolítica para os norte-americanos. Confira abaixo:
Irã | Sob o comando de Mahmoud Ahmadinejad, o Irã continua a desafiar as Nações Unidas, que suspeitam do desenvolvimento de um programa de armas nucleares. Os EUA e a Europa impuseram fortes sanções econômicas que forçam o Irã a cooperar com os inspetores, mas Israel ameaçou destruir as instalações iranianas, caso as sanções falhem. |
Israel | O interminável processo de paz entre Israel e Palestina continua parado, apesar da ação dos Estados Unidos. Uma das questões mais difíceis é a situação de Jerusalém no futuro. A velha cidade é considerada sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos. |
Egito | Depois da queda do autoritário presidente Hosni Mubarak, em 2011, os egípcios elegeram Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, na primeira eleição democrática do país. Mursi afirmou que iria respeitar a minoria cristã do país e manter o tratado de paz com Israel. Entretanto algumas pessoas temem que o governo adote uma vertente islâmica mais conservadora. |
Síria | Os protestos da Primavera Árabe se transformaram em guerra civil, e rebeldes lutam para derrubar o regime do presidente Bashar al-Assad. Os EUA temem que o conflito se espalhe pela região. |
China | Com uma população de 1,3 bilhão de pessoas e uma indústria crescente, que fabrica de calças jeans a TVs de tela grande, a China superou o Japão, tornando-se a segunda maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Existem boas chances de que a China passe os EUA ao longo da próxima década. |
Afeganistão | Até o final de 2014, os EUA planejam retirar do Afeganistão as tropas enviadas há 11 anos, após os ataques terroristas de 11 de Setembro. Agora que um acordo com o exército talibã parece improvável, os EUA temem que o Afeganistão volte ao caos após a saída das tropas americanas. |
Coreia do Norte | Após a morte do ditador Kim Jong-Il, em 2011, seu filho mais novo, Kim Jong-Un, tornou-se o líder da Coreia do Norte. Até o momento, o jovem Kim não deu sinais de que deseja reformar a falida economia comunista do país, nem de melhorar as relações com a Coreia do Sul, onde os Estados Unidos têm quase 29 mil soldados. |
Japão | O Japão levará anos para se recuperar completamente dos danos causados pelo terremoto e pelo tsunami de 2011. O colapso de diversos reatores deu início a uma série de protestos contra a energia nuclear, responsável pela geração de um terço da eletricidade japonesa, trazendo dúvidas em relação à segurança nuclear nos Estados Unidos. |
Aids | Acredita-se que cerca de 34 milhões de pessoas tenham Aids em todo o planeta. A doença atingiu com especial intensidade a África subsaariana e, em alguns países, um quarto da população está infectada. Mais de 15 milhões de africanos morreram desde que a epidemia começou há 30 anos. |
Líbia | A Líbia recentemente realizou suas primeiras eleições legislativas desde a queda do ditador Muammar al-Gaddafi, mas esse país rico em petróleo continua instável e aplacado pela violência. Em setembro, um ataque de militantes ao consulado americano em Benghazi matou quatro americanos, incluindo o embaixador, Christopher Stevens. |
Sudão | A criação do Sudão do Sul em julho de 2011 aumentou as esperanças no fim das décadas de guerra civil, mas a divisão não encerrou os conflitos entre o Sudão, de maioria árabe, e o Sudão do Sul, de maioria negra. Contudo, a violência na região de Darfur finalmente diminuiu. |
Somália | Os EUA patrocinaram iniciativas antiterroristas na Somália, que está sem governo central desde 1991. A nação sem leis abriga grupos de radicais muçulmanos e é terreno fértil para os piratas que ameaçam os carregamentos internacionais que passam pelo Golfo de Aden. |
Brasil | A maior economia da América do Sul e uma das maiores democracias do mundo, o Brasil será a sede dos Jogos Olímpicos em 2016. Com a recente descoberta de grandes reservas de petróleo no litoral, o Brasil está se tornando um país cada vez mais importante no cenário internacional. |
Cuba | Desde que substituiu o irmão Fidel em 2008, o presidente Raúl Castro deu início a reformas limitadas, incluindo a autorização da abertura de empresas particulares e, a partir de 2013, de viagens sem vistos de saída. Os EUA finalmente abandonarão o embargo imposto a Cuba desde a revolução comunista, cinco décadas atrás? |
Amazônia | Estendendo-se por mais de 5 milhões de quilômetros quadrados em nove países, incluindo Brasil, Colômbia, Bolívia, Peru e Venezuela, a Amazônia tem a maior floresta tropical do mundo. Com importante papel na desaceleração do aquecimento global, o desenvolvimento da região preocupa os Estados Unidos. |
Venezuela | Apesar de estar sendo tratando contra o câncer, o presidente Hugo Chávez venceu a reeleição em outubro e continuará no poder até 2019. As relações dos EUA com a Venezuela, que possui grandes reservas de petróleo, têm sido tensas desde que Chávez adotou uma postura antiamericana. |
Colômbia | A Colômbia está tentando negociar um fim ao meio século de guerras contra os rebeldes no país e os EUA investiram 5 bilhões de dólares para ajudar o governo colombiano a lutar contra os cartéis do tráfico, que constituem a principal fonte de cocaína do mercado dos Estados Unidos. |
Alemanha | A quarta maior economia do mundo e uma das principais potências da União Europeia, a Alemanha tem posição de destaque no combate à crise econômica no continente. Os EUA têm pedido para que a chanceler Ângela Merkel ajude os países mais problemáticos da Europa. |
Rússia | Vladimir Putin é o principal líder russo desde o ano 2000, com dois mandatos como presidente e um como primeiro-ministro, antes de ser reeleito em 2012. Ainda que Putin esteja transformando a Rússia em uma autocracia, os EUA precisarão trabalhar em parceria para resolver questões como o conflito no Afeganistão e as ameaças nucleares da Coreia do Norte. |
Turquia | A Turquia é uma nação muçulmana que, ao mesmo tempo, faz parte da Europa e da Ásia e que continua tentando entrar para a União Europeia. Os EUA esperam que essa democracia com um fervilhante mercado econômico sirva de modelo para outros países muçulmanos que atualmente passam por grandes mudanças políticas. |
Grécia | A crise econômica na Grécia gerou protestos e rumores de que o país deixaria de utilizar o euro. A crise se espalhou para outras economias instáveis, como Espanha, Itália e Portugal; os EUA temem que a Europa cause uma nova recessão na economia americana. |
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