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Retrospectiva: Os desafios mundiais de 2013 na visão dos Estados Unidos

07/01/2013 06h00

O jornal "New York Times" elaborou uma lista de países e desafios mundiais para 2013, sempre levando em consideração sua importância geopolítica para os norte-americanos. Confira abaixo:

IrãSob o comando de Mahmoud Ahmadinejad, o Irã continua a desafiar as Nações Unidas, que suspeitam do desenvolvimento de um programa de armas nucleares. Os EUA e a Europa impuseram fortes sanções econômicas que forçam o Irã a cooperar com os inspetores, mas Israel ameaçou destruir as instalações iranianas, caso as sanções falhem.
IsraelO interminável processo de paz entre Israel e Palestina continua parado, apesar da ação dos Estados Unidos. Uma das questões mais difíceis é a situação de Jerusalém no futuro. A velha cidade é considerada sagrada para judeus, cristãos e muçulmanos.
EgitoDepois da queda do autoritário presidente Hosni Mubarak, em 2011, os egípcios elegeram Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, na primeira eleição democrática do país. Mursi afirmou que iria respeitar a minoria cristã do país e manter o tratado de paz com Israel. Entretanto algumas pessoas temem que o governo adote uma vertente islâmica mais conservadora.
SíriaOs protestos da Primavera Árabe se transformaram em guerra civil, e rebeldes lutam para derrubar o regime do presidente Bashar al-Assad. Os EUA temem que o conflito se espalhe pela região.
ChinaCom uma população de 1,3 bilhão de pessoas e uma indústria crescente, que fabrica de calças jeans a TVs de tela grande, a China superou o Japão, tornando-se a segunda maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Existem boas chances de que a China passe os EUA ao longo da próxima década.
AfeganistãoAté o final de 2014, os EUA planejam retirar do Afeganistão as tropas enviadas há 11 anos, após os ataques terroristas de 11 de Setembro. Agora que um acordo com o exército talibã parece improvável, os EUA temem que o Afeganistão volte ao caos após a saída das tropas americanas.
Coreia do NorteApós a morte do ditador Kim Jong-Il, em 2011, seu filho mais novo, Kim Jong-Un, tornou-se o líder da Coreia do Norte. Até o momento, o jovem Kim não deu sinais de que deseja reformar a falida economia comunista do país, nem de melhorar as relações com a Coreia do Sul, onde os Estados Unidos têm quase 29 mil soldados.
JapãoO Japão levará anos para se recuperar completamente dos danos causados pelo terremoto e pelo tsunami de 2011. O colapso de diversos reatores deu início a uma série de protestos contra a energia nuclear, responsável pela geração de um terço da eletricidade japonesa, trazendo dúvidas em relação à segurança nuclear nos Estados Unidos.
AidsAcredita-se que cerca de 34 milhões de pessoas tenham Aids em todo o planeta. A doença atingiu com especial intensidade a África subsaariana e, em alguns países, um quarto da população está infectada. Mais de 15 milhões de africanos morreram desde que a epidemia começou há 30 anos.
LíbiaA Líbia recentemente realizou suas primeiras eleições legislativas desde a queda do ditador Muammar al-Gaddafi, mas esse país rico em petróleo continua instável e aplacado pela violência. Em setembro, um ataque de militantes ao consulado americano em Benghazi matou quatro americanos, incluindo o embaixador, Christopher Stevens.
SudãoA criação do Sudão do Sul em julho de 2011 aumentou as esperanças no fim das décadas de guerra civil, mas a divisão não encerrou os conflitos entre o Sudão, de maioria árabe, e o Sudão do Sul, de maioria negra. Contudo, a violência na região de Darfur finalmente diminuiu.
SomáliaOs EUA patrocinaram iniciativas antiterroristas na Somália, que está sem governo central desde 1991. A nação sem leis abriga grupos de radicais muçulmanos e é terreno fértil para os piratas que ameaçam os carregamentos internacionais que passam pelo Golfo de Aden.
BrasilA maior economia da América do Sul e uma das maiores democracias do mundo, o Brasil será a sede dos Jogos Olímpicos em 2016. Com a recente descoberta de grandes reservas de petróleo no litoral, o Brasil está se tornando um país cada vez mais importante no cenário internacional.
CubaDesde que substituiu o irmão Fidel em 2008, o presidente Raúl Castro deu início a reformas limitadas, incluindo a autorização da abertura de empresas particulares e, a partir de 2013, de viagens sem vistos de saída. Os EUA finalmente abandonarão o embargo imposto a Cuba desde a revolução comunista, cinco décadas atrás?
AmazôniaEstendendo-se por mais de 5 milhões de quilômetros quadrados em nove países, incluindo Brasil, Colômbia, Bolívia, Peru e Venezuela, a Amazônia tem a maior floresta tropical do mundo. Com importante papel na desaceleração do aquecimento global, o desenvolvimento da região preocupa os Estados Unidos.
VenezuelaApesar de estar sendo tratando contra o câncer, o presidente Hugo Chávez venceu a reeleição em outubro e continuará no poder até 2019. As relações dos EUA com a Venezuela, que possui grandes reservas de petróleo, têm sido tensas desde que Chávez adotou uma postura antiamericana.
ColômbiaA Colômbia está tentando negociar um fim ao meio século de guerras contra os rebeldes no país e os EUA investiram 5 bilhões de dólares para ajudar o governo colombiano a lutar contra os cartéis do tráfico, que constituem a principal fonte de cocaína do mercado dos Estados Unidos.
AlemanhaA quarta maior economia do mundo e uma das principais potências da União Europeia, a Alemanha tem posição de destaque no combate à crise econômica no continente. Os EUA têm pedido para que a chanceler Ângela Merkel ajude os países mais problemáticos da Europa.
RússiaVladimir Putin é o principal líder russo desde o ano 2000, com dois mandatos como presidente e um como primeiro-ministro, antes de ser reeleito em 2012. Ainda que Putin esteja transformando a Rússia em uma autocracia, os EUA precisarão trabalhar em parceria para resolver questões como o conflito no Afeganistão e as ameaças nucleares da Coreia do Norte.
TurquiaA Turquia é uma nação muçulmana que, ao mesmo tempo, faz parte da Europa e da Ásia e que continua tentando entrar para a União Europeia. Os EUA esperam que essa democracia com um fervilhante mercado econômico sirva de modelo para outros países muçulmanos que atualmente passam por grandes mudanças políticas.
GréciaA crise econômica na Grécia gerou protestos e rumores de que o país deixaria de utilizar o euro. A crise se espalhou para outras economias instáveis, como Espanha, Itália e Portugal; os EUA temem que a Europa cause uma nova recessão na economia americana.