Sábado, 09/11/2024 |  | | | |  | Ataque em 8 de janeiro de 2023 | Marcelo Camargo / Agência Brasil |
| Golpistas levantaram nomes, rotina e até armas de seguranças de Lula | | José Roberto de Toledo e Thais Bilenky |
| Com a ajuda de um software israelense, a Polícia Federal recuperou arquivos eletrônicos apagados pelo tenente-coronel Mauro Cid que revelam minúcias do golpe frustrado de 8 de janeiro de 2023. As informações resgatadas provocaram a convocação de novas testemunhas, entre elas um general kid preto (das forças especiais do Exército) e o ex-diretor da Abin (a agência de inteligência) durante o governo Bolsonaro. O tema é um dos destaques do episódio desta semana do A Hora, podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo, disponível nas principais plataformas. Ouça aqui. As minúcias da preparação do golpe incluíram - segundo apuramos com duas fontes ligadas à investigação - o levantamento dos nomes, das rotinas e até do armamento usado pelos responsáveis pela segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O mesmo trabalho foi feito em relação aos seguranças do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. |
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| Publicidade |  | |  | Presidente eleito dos EUA, Donald Trump | Brian Snyder/REUTERS |
| Volta triunfal de Trump põe Brasil na montanha-russa | | José Roberto de Toledo e Thais Bilenky |
| A vitória acachapante de Donald Trump na eleição americana fará com que o republicano volte mais poderoso à Casa Branca e deixará o mundo submetido às turbulências que ele promete causar, na economia e na política. No Brasil, a eleição de Trump renova as esperanças de uma volta por cima comparável de seu aliado Jair Bolsonaro. A vitória acachapante de Donald Trump na eleição americana fará com que o republicano volte mais poderoso à Casa Branca e deixará o mundo submetido às turbulências que ele promete causar, na economia e na política. No Brasil, a eleição de Trump renova as esperanças de uma volta por cima comparável de seu aliado Jair Bolsonaro. O tema é um dos destaques do episódio desta semana do A Hora, podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo, disponível nas principais plataformas. Ouça aqui. Trump promete perdoar a si mesmo pelos crimes pelos quais foi condenado (o presidente americano tem poder para isso) e anistiar quem invadiu o Capitólio em 6 de janeiro de 2021. O ato, se efetivado, abriria caminho para algo análogo no Brasil, isto é, uma anistia aos condenados pelo 8 de janeiro e ao próprio ex-presidente brasileiro, hoje inelegível. Bolsonaristas querem crer que a aliança com o presidente mais poderoso do mundo aumenta a pressão sobre a classe política e sobretudo sobre os ministros do Supremo Tribunal Federal. Mas se Trump guia os passos de Bolsonaro, ele também oferece um manual à oposição ao bolsonarismo, que antevê nos EUA dois anos antes o que pode acontecer no Brasil. Alguns efeitos do retorno de Trump são, contudo, imediatos. |
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|  | Mulher segura a Bíblia durante culto evangélico na Assembleia de Deus em Taguatinga (DF) | Adriano Machado/Reuters |
| Coach gospel atrai desigrejados e divide bolsonarismo; governo pega brecha | | José Roberto de Toledo e Thais Bilenky |
| Entre 2002 e 2022, o movimento evangélico trasladou-se majoritariamente do apoio eleitoral a Lula para o apoio a Jair Bolsonaro. Mas o movimento não parou por aí. A cola que aglutinou a maior parte dos líderes e eleitores evangélicos em torno de Bolsonaro a partir de 2018 dá sinais de que perdeu força. As causas são múltiplas, e as consequências também. Pela primeira vez, iniciativas do governo petista parecem atrair igrejas evangélicas. Um exemplo é o projeto "Acredita", do Ministério de Desenvolvimento Social. Mais de 70 denominações evangélicas aderiram ao programa, principalmente no Rio de Janeiro. Elas vão intermediar linhas de crédito para pequenas e médias empresas. Era uma demanda que foi parcialmente atendida. A Igreja Católica intermedia programas sociais há décadas. Ao mesmo tempo, líderes evangélicos que se destacavam entre os mais aguerridos bolsonaristas ganham espaço na imprensa fazendo críticas ácidas a Bolsonaro. Foram os casos de Silas Malafaia e Otoni de Paula. Otoni, que é deputado, descolou-se de fato. Malafaia, não totalmente. Mantém um pé ainda no bolsonarismo. Por quê? Segundo a pesquisadora Carô Evangelista, uma das grandes especialistas no tema, pastores e líderes estão sentindo a pressão da concorrência dos coachs gospel. Pablo Marçal é o mais famoso deles, mas não é nem sequer o principal. Há vários outros. Esses novos personagens têm forte apelo entre os chamados "desigrejados", ou seja, crentes, na maioria jovens, que frequentam templos de várias denominações religiosas. Esse público não aceita todos os dogmas religiosos do neopentecostalismo. Querem ser acolhidos mesmo se precisarem recorrer ao aborto ou se fizerem parte da comunidade LGBTQIA+. Em paralelo, crescem cada vez mais as reclamações de mulheres crentes contra a presença da política partidária dentro dos templos, especialmente em período eleitoral. Esses movimentos paralelos vêm se somar ao desgaste de Bolsonaro. Não significa que ele deixou de ser uma cola política importante para boa parte dos evangélicos, mas é uma fissura que pode ou não crescer nos próximos anos e fazer diferença na eleição de 2026. |
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|  | Eudócia Caldas (PL) e o filho João Henrique Caldas (PL), prefeito de Maceió | Reprodução/Instagram |
| Futura senadora, mãe de prefeito era funcionária de gabinete do filho | | José Roberto de Toledo e Thais Bilenky |
| Eudócia Caldas (PL), mãe do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), mais conhecido como JHC, aposentou-se de um cargo na Assembleia Legislativa de Alagoas às vésperas de assumir uma cadeira no Senado. Mas nem o presidente da Assembleia soube dizer qual função ela exercia na Casa. Primeira suplente, Eudócia herdará o posto de Rodrigo Cunha (Podemos), que foi eleito vice-prefeito em outubro na chapa de JHC. Na última quinta-feira (31), saiu no Diário Oficial sua aposentadoria "pela regra voluntária" do cargo de analista legislativo "com proventos integrais". Ela recebia —e continuará recebendo— mais de R$ 13 mil brutos por mês como salário-base da Casa. O título de aposentadoria foi assinado pelo presidente da Assembleia, Marcelo Victor (MDB). Procurado pelo UOL, ele afirmou que não sabia "informar com precisão" o que ela fazia. "[Passou] muito tempo com as atividades fora do órgão, cedida e licenciada", respondeu. O portal da transparência da Assembleia informa que Eudócia foi admitida em 1988. Médica gastroenterologista pediátrica, ela também é capitã da Polícia Militar alagoana aposentada com vencimento de quase R$ 10 mil. Somando as duas aposentadorias, ela receberá cerca de R$ 20 mil líquidos. No Senado, receberá mais de R$ 46 mil como salário. Hoje filiada ao mesmo PL de seu filho, Eudócia foi prefeita de Ibateguara (AL) de 2005 a 2012. Seu marido e pai de JHC, João Caldas, também foi prefeito do município e deputado federal. Procurada, Eudócia não quis dar entrevista. Sua assessoria informou que ela atuou no gabinete de Francisco Tenório em 1995 e ficou na Assembleia até 2004, quando disputou e venceu a prefeitura de Ibateguara. Depois, em 2013, retornou à Assembleia ao gabinete "do mesmo parlamentar", informou a assessoria. Tenório, no entanto, não exercia mandato naquele ano. A assessoria não informou onde ela estava lotada, nem esclareceu acusação feita pela revista Veja de que ela trabalhava no gabinete do filho JHC, à época deputado estadual na Assembleia de Alagoas. |
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| Podcast A Hora, com José Roberto de Toledo e Thais Bilenky | | A Hora é o novo podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo. O programa vai ao ar todas as sextas-feiras pela manhã nas plataformas de podcast e, à tarde, no YouTube. Na TV, é exibido às 16h (veja aqui onde assistir). Escute a íntegra nos principais players de podcast, como o Spotify e o Apple Podcasts já na sexta-feira pela manhã. À tarde, a íntegra do programa também estará disponível no formato videocast no YouTube. O conteúdo dará origem também a uma newsletter, enviada aos sábados de manhã. |
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