Na velocidade da luz, 84% dos cerca de 1,7 milhão de votos de Pablo Marçal migraram para Ricardo Nunes. Detectado no último Datafolha, o movimento ocorreu antes que Bolsonaro tivesse a chance de "mergulhar" em São Paulo, como prometeu depois da abertura das urnas do primeiro turno. O sumiço na propaganda eleitoral e nos atos de campanha na primeira fase da corrida paulistana grudou no tornozelo de Bolsonaro a bola de ferro da deslealdade. Até Silas Malafaia avaliou que a covardia fez do "mito" uma "porcaria" de líder. Num instante em que Nunes abre 22 pontos de vantagem sobre Boulos (55% a 33%), o interesse tardio do capitão piora o que já era ruim. |