No relatório em que indiciou Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado, a Polícia Federal apontou que o pronunciamento que ele havia feito a seus seguidores, em 9 de dezembro de 2022, em frente ao Palácio do Alvorada, visava a pressionar militares a aderirem ao golpe de Estado. Isso ocorreu após o então presidente receber a negativa dos comandantes do Exército e da Aeronáutica, que não aceitaram participar da intentona, e se encontrar com dois generais que faziam parte do seu núcleo golpista, Estevam Theóphilo e Mário Fernandes. A PF conta que Bolsonaro não estava realizando aparições em público até que quebrou o silêncio não apenas para manter a esperança entre seus seguidores, como também reafirmar que ele era o comandante supremo das Forças Armadas e seus apoiadores deveriam pressionar os militares. "Jair Bolsonaro em várias oportunidades em sua fala, vincula uma ação a ser desencadeada pelos militares para atender aos anseios dos seus seguidores", diz o relatório. |