| | Bolsonaro (PL) e Lula (PT) trocaram palavras duras no debate realizado pela Globo | Reprodução/Globo |
| | | | Debates presidenciais na televisão terão alguma utilidade no segundo turno? | Definido o confronto entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL) no segundo turno, em 30 de outubro, as empresas de comunicação já se movimentam para organizar debates com os dois candidatos. Em tese, há seis propostas na mesa. Os interessados em fazer debates são Band, UOL-Folha, RedeTV!, Record, o pool formado por SBT, Estadão, Veja e Nova Brasil, e Globo. Até o momento em que escrevo, ainda não há nenhum evento confirmado. Uma questão a considerar neste momento é a utilidade, do ponto de vista dos candidatos, de um debate. Lula e Bolsonaro, somados, conquistaram 91,63 % dos votos válidos. Aparentemente, sobra pouco espaço para avançar. No caso do petista, ele precisa manter os votos obtidos e conseguir mais 2 milhões, aproximadamente, para vencer. Bolsonaro teria mais interesse num debate pois precisa de mais votos para mudar o resultado do primeiro turno. A experiência dos três debates do primeiro turno não foram muito animadoras. Os dois primeiros foram realizados no formato de pool, como havia sugerido a campanha petista. Um juntou Band, TV Cultura, UOL e Folha; o segundo foi organizado por SBT, CNN Brasil, Veja, O Estado de S. Paulo, Nova Brasil FM e Terra. O terceiro foi promovido pela Globo a três dias da eleição. O primeiro debate ficou marcado pelas ofensas do presidente Bolsonaro à jornalista Vera Magalhães. O segundo, sem a presença de Lula, marcou a estreia de padre Kelson (PTB) fazendo dobradinha com o presidente. E o terceiro, opondo frente a frente Lula e Bolsonaro, foi de uma agressividade terrível. Debates são importantes pela tentativa (raramente bem-sucedida) de esclarecer visões dos candidatos e por serem um ritual que reforça o caráter democrático das eleições. A ver como vão se comportar os dois candidatos. PUBLICIDADE | | | | | "House of the Dragon" estreou em agosto na HBO Max | Reprodução / Internet |
| | | | Pra lembrar | O sucesso de uma série hoje em dia depende de muitos fatores, desde a qualidade da produção até os talentos do elenco, passando pelo volume de recursos envolvidos e, não menos importante, pela sintonia que é capaz de estabelecer com o público. Para ajudar nesta último item, é fundamental que a série, seja cômica ou dramática, caia no gosto dos fãs nas redes sociais. Para alcançar esse objetivo, muitos roteiristas têm criado intencionalmente situações que gerem memes e gifs. Uma boa reportagem do diário britânico "The Guardian" discute este assunto. "Às vezes, pode parecer que os programas estão sendo escritos com a reação online em mente, principalmente porque em nossa era saturada de internet, a temperatura online pode ajudar a conquistar ou perder um pouco de mídia". O texto registra um diálogo inserido no primeiro episódio de "House of the Dragon" entre Rhaenyra Targaryen (Milly Alcock) e Allicent Hightower (Emily Carey), que gerou um meme instantâneo entre o público de língua inglesa. "Eu nunca brinco quando falo de bolo", disse a primeira, provocando risos de muitos espectadores. O texto também cita os inúmeros perfis no Twitter dedicados a séries antigas, como "Seinfeld" e "Simpsons" ou mesmo "Succession", com o título de "fora de contexto", que mantêm os fãs conectados resgatando cenas e frases engraçadas. No Brasil, há um perfil muito divertido, do mesmo gênero, dedicado à novela "Mutantes". | | | Antonia Fontenelle, Adrilles Jorge e Valéria Monteiro disputaram eleições em 2022 | REPRODUÇÃO/INSTAGRAM |
| | | | Pra esquecer | A fama conquistada na televisão é suficiente para eleger alguém para um cargo político? Essa pergunta é respondida a cada dois anos de uma mesma forma: "Não!" São muitos os casos de celebridades que conseguem se eleger como deputados ou vereadores, mas para isso há sempre algo a mais em jogo do que a fama. De um modo geral, é preciso ter uma articulação partidária eficiente, uma mensagem poderosa ou um carisma inigualável. Quando só resta a fama antiga para oferecer ao público, normalmente, o fracasso nas urnas é inevitável. Foram os casos, em 2022, de André Gonçalves (PV), que obteve 2.354 votos, Andrea Sorvetão (Republicanos), com 1.734 votos, Mário Gomes (Republicanos), com 6.151 votos, Valéria Monteiro (PSD), com 1.225 votos, Kid Bengala (União Brasil), com 10.312 votos, Dr. Rey (Podemos), com 4.489 votos, e Léo Aquilla (MDB), com 16,678 votos. Ex-participantes do BBB, empolgados com o número de seguidores que ganharam no Instagram, vivem a ilusão de que a fama alcançada durante o reality show da Globo é também um chamariz em tempo de eleição. E frequentemente fracassam. Este ano, entre os que tentaram e não conseguiram estão Ariadna (PSB), com 4.885 votos e Marcos Harter (Podemos), com 1.076 votos. Por fim, há as celebridades que foram rejeitadas mesmo tendo articulação política. Isso também acontece. Foram os casos, este ano, de três simpatizantes de Bolsonaro com boa votação, mas insuficiente para se elegerem: Antônia Fontenelle (Republicanos), com 30.975 votos, Adrilles Jorge (PTB), com 91 mil votos, e Felipe Folgosi (PL), com 30.921 votos. Também foi o caso de Alexandre Frota (PSDB), eleito em 2020 apoiando Bolsonaro, mas que não se reelegeu após romper com o presidente (obteve 24.224 votos). Já a atriz Lucélia Santos (PSB-RJ), que sempre teve uma atuação política em paralelo à carreira, ficou longe de se eleger, com quase 11 mil votos. | | | William Bonner e Renata Vasconcellos (Globo/Reprodução) | Reprodução / Internet |
| | | | A frase | "O Brasil tem a disputa eleitoral mais acirrada desde a redemocratização: 48% dos votos para Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e 43% para Jair Bolsonaro, do PL". Só o "Jornal Nacional" noticiou claramente na abertura do telejornal, na segunda-feira, o resultado da eleição. "SBT Brasil" e "Jornal da Record" esconderam a notícia; "Jornal da Band" destacou em primeiro lugar a reação de Bolsonaro. | |