Data de divulgação
24.nov.2013

A Polícia Federal do Espírito Santo apreendeu em 24.nov.2013, no interior do Estado, 450 kg de pasta-base de cocaína e R$ 16 mil em um helicóptero da Limeira Agropecuária, empresa do deputado estadual mineiro Gustavo Perrella (SDD-MG), filho do senador e ex-presidente do Cruzeiro Zezé Perrella (PDT-MG).

Quatro pessoas foram presas em flagrante, entre elas o piloto do helicóptero Rogério Antunes, funcionário da família Perrella e servidor da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

O helicóptero era frequentemente abastecido com verba indenizatória da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, segundo informações do UOL. 

Outro lado

O advogado do senador Zezé Perrella, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que a responsabilidade pelo crime seria do piloto da aeronave, que a teria usado sem permissão.

Posteriormente, Zezé Perrella subiu à tribuna do Senado em defesa do filho. Afirmou que Gustavo Perrella foi enganado pelo piloto, que teria solicitado o helicóptero para realizar um "pequeno frete", de acordo com o jornal "O Globo". Quanto ao abastecimento da aeronave com dinheiro público, o senador negou que isso acontecesse. Indignado, ele declarou que as denúncias os davam "vontade de largar a política".

O que aconteceu?

A Polícia Federal divulgou nota informando não haver indícios de envolvimento da empresa proprietária do helicóptero, pertencente à família Perrella, com a droga.

A PF disse ainda que todos os abastecimentos do helicóptero posteriores ao início do voo foram custeados pelo grupo que estava na aeronave. 

Entretanto, independente do rumo da investigação, a Justiça rejeitou o pedido da restituição do helicóptero e determinou que ele fique à disposição do governo do Espírito Santo.A decisão ainda não é definitiva. O advogado da família se manifestou sobre a decisão:  "Concordamos em deixar com o governo porque é um fim social importante. Mas, no fim do inquérito, vamos querer buscar o helicóptero de volta. É um direito absolutamente claro e cristalino"

O piloto do helicóptero, Rogerio Almeida Antunes, foi exonerado do cargo que ocupava na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Ele havia sido nomeado agente de serviço de gabinete a pedido do deputado Gustavo Perrella.