ESCÂNDALOS NO CONGRESSO

31. Vicentinho (PT-SP) e Benedita (PT-RJ) são investigados por mensalão

 

Data de divulgação
30.set.2012

O escândalo
O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de um inquérito para investigar repasses feitos pelo esquema para pessoas ligadas aos deputados Vicentinho (PT-SP) e Benedita da Silva (PT-RJ) e ao ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), também filiado ao PT. A notícia foi publicada pela "Folha de S.Paulo" em 30.set.2012.

Segundo o jornal, a Procuradoria-Geral da República cita nominalmente, no requerimento que foi aceito por Joaquim Barbosa, Pimentel, Benedita e Vicentinho. Como eles têm foro privilegiado, o texto diz que a investigação deverá voltar ao STF "caso surjam indícios concretos de que os valores arrecadados" destinavam-se aos três.

As pessoas que deverão ser investigadas nessa nova fase de apuração, explicou a "Folha", não são parte do processo em julgamento no STF no 2º semestre de 2012 porque os repasses supostamente relacionados a elas só foram descobertos pela Polícia Federal quando a ação principal já estava em andamento. "A PF só conseguiu concluir o trabalho de rastreamento de dinheiro distribuído por Marcos Valério em 2011, cinco anos após a Procuradoria apresentar a denúncia que deu origem ao processo que está em julgamento no STF".

Sobre Benedita, a reportagem resume: "Carlos Roberto de Macedo Chavez, beneficiário de dois saques no valor de R$ 50 mil do esquema em 2003, disse à PF que entregou os valores a Carlos Manoel da Costa Lima, a quem conheceu na campanha de Benedita em 2002". Sobre Vicentinho: "O inquérito da PF aponta que Nélio José Batista Costa recebeu R$ 17 mil do valerioduto em 9 de agosto de 2004 por "serviços prestados" para a "campanha eleitoral do candidato Vicentinho para a Prefeitura de São Bernardo do Campo", no ABC paulista".

Outro lado
O deputado federal Vicentinho disse, segundo publicado pela "Folha", que procurou o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares quando foi candidato a prefeito de São Bernardo do Campo. "Delúbio forneceu uma empresa para trabalhar na campanha que, afirma, só depois veio a saber que se tratava de uma firma de Marcos Valério", afirmou a reportagem.

Em relação a Nélio Costa, que segundo a PF recebeu dinheiro do valerioduto, Vicentinho disse que "pode ser que a pessoa tenha recebido da empresa [de Valério]", publicou a "Folha". "Mas eu não fiz nenhum pagamento a ele e nem recebi. Não conheço esse Nélio."

A "Folha" escreveu também que contatou a assessoria da deputada Benedita da Silva mas a congressista não havia se manifestado até o fechamento da edição do jornal.

O ministro Fernando Pimentel, negou, por meio de sua assessoria, envolvimento com mensalão. Disse também que não se manifestaria sobre medidas posteriores ao caso "nos quais não está incluído".

Em nota, a assessoria informou que "o ministro Fernando Pimentel repudia com veemência qualquer tentativa de ilação que vincule seu nome aos assuntos que são objeto da ação penal 470 [do mensalão], do Supremo Tribunal Federal".

O que aconteceu?
O STF investiga repasses feitos pelo esquema do mensalão para pessoas ligadas aos deputados Vicentinho (PT-SP) e Benedita da Silva (PT-RJ).

 

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