ESCÂNDALOS NO CONGRESSO

76. Cameli (PP-AC) paga empresas ligadas à mulher com dinheiro da Câmara

Data de Divulgação

O escândalo

O deputado federal Gladson Cameli (PP-AC) destinou, de abr.2009 a set.2011, R$ 270 mil do dinheiro da Câmara para empresas de parentes da sua mulher, Ana Paula, noticiou o jornal "O Estado de S.Paulo" em 6.set.2011. Os pagamentos foram incluídos na "cota para exercício da atividade parlamentar". A forma como a cota pode ser usada foi detalhada em reportagem publicada pelo portal UOL em 11.jul.2011 e registrada por este Monitor de Escândalos.

Segundo o jornal, o deputado Cameli pede reembolso, em quase todos os meses, de gastos com as empresas Aerobran Taxi Aéreo e Aerobran Distribuidora, de combustíveis. "Desde abril de 2009, quando a Câmara passou a divulgar o CNPJ das empresas, é possível verificar que o deputado destinou R$ 217,3 mil para a empresa de taxi aéreo e R$ 58,7 mil para o posto de combustível", citou a reportagem.

Um tio da mulher do deputado, Abrahão Candido Silva, é sócio das duas empresas, afirmou o "Estado". A reportagem esclarece que, "pelas regras da Câmara, o parlamentar não pode ser ressarcido por despesas em empresas próprias ou de parentes até terceiro grau. Neste caso, porém, o parentesco não consta nas vedações, que se aplicam somente até os sogros do deputado. Portanto, a brecha usada por Cameli tem respaldo da Câmara".

O texto do jornal ainda afirma que "as despesas apresentadas pelo parlamentar geram dúvidas em relação aos serviços prestados". Isso porque os dados de prestação de contas disponíveis no site da Câmara mostram que o deputado apresentou nota com data de 1º.jun.2011 com o valor de R$ 9 mil para o deslocamento de avião para Taruacá (AC) com ida e volta para Cruzeiro do Sul. Em 25.abr.2011, no entanto, ele declarou ter pago R$ 7 mil pelo mesmo trajeto.

Outro lado
O "Estado" publicou em 6.set.2011 que procurou a assessoria de imprensa do deputado Gladson Cameli (PP-AC) e não obteve resposta. A reportagem também afirmou que não obteve retorno da Aerobran.

O que aconteceu?

Nada.

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