ESCÂNDALOS NO CONGRESSO

71. Comissões do Senado empregam fantasmas

Data de Divulgação

19.07.2009

O escândalo

A Folha (aqui) mostrou que em pelo menos sete comissões do Senado existem servidores que trabalham para senadores nos gabinetes em Brasília ou nos escritórios nos Estados.

Isso ocorre nas comissões de Assuntos Econômicos, Assuntos Sociais, Direitos Humanos, Desenvolvimento Regional, Infraestrutura, Meio Ambiente e Orçamento. Todos os 61 servidores nelas lotados são funcionários não concursados. Muitos são apadrinhados de senadores, fazendo trabalho político em vez de servirem às comissões.

Um deles é motorista do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), cassado no escândalo do mensalão. Eduardo Nunes Serdoura dá expediente no Rio, mas foi funcionário fantasma da Comissão de Infraestrutura do Senado até o dia 10 de julho.

Serdoura negou que more no Rio e que trabalhe para o ex-deputado, que também preside o PTB. Segundo a assessoria de Jefferson, ele é seu "motorista eventual". O ex-deputado disse que não sabia por que ele foi contratado pela Casa em 2007.

A Comissão de Infraestrutura mantém na sua estrutura dois assessores do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), um em Brasília, outro em seu Estado.

O presidente Comissão de Orçamento, senador
Almeida Lima (PMDB-SE), tem ao menos cinco assessores lotados na comissão trabalhando para ele em Aracaju (SE).

Segundo Lima, a Câmara e o Senado sempre colocam alguns cargos à disposição do presidente da comissão. Mas, conforme o próprio Lima, a Câmara obriga seus assessores a baterem ponto em Brasília. O Senado não.

Lima diz que o fato de os servidores estarem em Aracaju não significa que não estejam cumprindo tarefas para a comissão. "Eu poderia ter um assessor em Tóquio e ele estaria on-line em contato comigo."

O que aconteceu?

Nada.

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