Data de Divulgação

18.03.2009

O escândalo

Senadores foram surpreendidos pela quantidade de diretores na Casa: 181. Eles demoraram a fazer esta conta. O número começou em 136. Depois, foi a 186. Finalmente, regrediu a 181. Heráclito Fortes (DEM-PI) chegou a anunciar o número de somente 38 diretorias os outros não seriam diretores, mas teriam o status de diretor. As atribuições iam do diretor da garagem ao do check-in, a maioria recebendo cerca de R$18 mil.

Veja abaixo reportagem do Jornal Nacional sobre o assunto:

O que aconteceu?

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), anunciou o enxugamento de 50 dos cargos e anunciou uma reforma administrativa, tocada pela FGV.

A proposta de reforma ficou pronta no dia 13 de maio (aqui e aqui). Ela mantém 435 das 622 funções comissionadas, gerando uma economia de apenas R$650 mil anuais. Em sua maioria, esses cargos são ocupadas por funcionários de carreira apadrinhados de senadores.

Apesar do enxugamento no número total de 181 diretores para 7, quem sair do cargo perderá somente o status de diretor e manterá seu antigo salário.

Reportagem do Estadão (aqui) lembra que há 14 anos a FGV já havia feito uma proposta de reestruturação do Senado.

Em 1995, sob a presidência de José Sarney, o estudo teve propostas semelhantes ao atual. Os resultados jamais saíram do papel.

Em 27 de junho, citando a Agencia Brasil, a Folha publicou reportagem (aqui) na qual relata que o Senado descumpriu a promessa de extinguir cargos. Dos 50 cargos que deveriam ter sido eliminados, 21 continuavam a existir. Procurado, o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), disse que, por "dificuldades internas", algumas diretorias da Casa não foram extintas.

Entre as diretorias ainda em funcionamento estavam algumas das mais polêmicas e apontadas como desnecessárias como a de Coordenação de Administração de Residências (diretoria de garagem) e a de Coordenação de Apoio Aeroportuário (diretoria de check-in).