ESCÂNDALOS NO CONGRESSO

23. Empresa monta 'puxadinho' no Senado

Data de Divulgação

16.mar.2011

O escândalo

A Plansul Planejamento e Consultoria, que fornece empregados terceirizados para o Senado, tomou para si uma área do Congresso Nacional, em Brasília, noticiou "O Estado de S. Paulo", em 16.mar.2011. De graça, a empresa ocupa 23 metros quadrados, dentro do Senado, para cuidar de seus negócios. "Lá deveria funcionar um posto de serviço para atender os terceirizados", diz a reportagem.

"No site da Plansul aparecem informações sobre a matriz, em Florianópolis, e oito subsedes. Em Brasília, em vez do endereço, como nas outras localidades, aparece a indicação "escritório no DF", o nome do responsável, Paulo Machado Júnior, um celular e um telefone do Senado", diz a reportagem.

De seu "puxadinho" no Senado, a Plansul gerencia 3 contratos que tem com o Senado (cerca de R$ 35 milhões ao ano), e os que mantém com Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Câmara dos Deputados, informa o jornal. Um dos contratos com o Senado, segundo o "Estado" atende a área de comunicação social, com a disponibilização de 328 técnicos ao custo de R$ 2 milhões por mês.

Outro é relacionado aos arquivos (fornecimento de 61 profissionais). E o terceiro contrato é para contratação de 163 servidores, entre eles ascensoristas, no valor de R$ 528 mil mensais.

Ato da Mesa Diretora do Senado, de 2002, autorizou a Plansul a se instalar na Casa. Até as despesas de luz e água são pagas com dinheiro público, segundo o "Estado". "Ela [a Plansul] paga valores simbólicos pelos pontos de telefone e do computador –R$ 25,48 mais o valor das chamadas e R$ 11,13, pela ordem. Em dezembro e janeiro, a "conta" de telefone foi de R$ 7,90 e R$ 8,79, além do valor do ponto, bem abaixo da média, por causa dos preços especiais previstos nos contratos do Senado com as operadoras", diz o jornal.

Outro lado
Paulo Machado Júnior, responsável pela sede da Plansul no Senado, informou que a instalação no Congresso é o único escritório da empresa em Brasília. Segundo a reportagem, a declaração foi gravada, mas, depois, Machado disse que haveria outra sede na capital e caberia à matriz informar a localização.

Sobre o uso do telefone da Casa, Machado disse ao jornal: "Como fico mais tempo no Senado, me encontram ali, é mais uma referência". Na matriz da Plansul, em Florianópolis, o assessor comercial, Silvio Prado Júnior, afirmou desconhecer a situação da empresa em Brasília.

Segundo o "Estado", o primeiro-secretário do Senado, Cícero Lucena (PSDB-PB), solicitou, após contatado pela reportagem, a retirada da linha do nº de telefone da Casa do site da Plansul. Além disso, o senador, segundo a reportagem, "deve restringir o acesso a ligações, além de mandar investigar o caso".

O que aconteceu?

O telefone do Senado foi retirado do site da Plansul e um endereço, de fora do Senado, foi associado a seu escritório no Distrito Federal.

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