ESCÂNDALOS NO CONGRESSO

22. Envolvidos em escândalos estão no Conselho de Ética da Câmara

Data de Divulgação

11.mar.2011

O escândalo

Deputados investigados na Justiça e envolvidos em escândalos são indicados para integrar o Conselho de Ética da Câmara, noticiou "O Estado de S. Paulo", em 11.mar.2011. O grupo, instalado em 14.mar.2011, deve analisar a conduta da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), filha de Joaquim Roriz (PSC-DF), que aparece em vídeo recebendo dinheiro de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal , protagonista e delator do mensalão do DEM.
 
Até 11.mar.2011, 10 dos 30 integrantes do Conselho tinham sido indicados. "Desses, dois têm pendências com a Justiça, um ganhou destaque pela contratação de parentes e outros dois se notabilizaram em casos de colegas que ficaram sem punição", informou "O Estado de S. Paulo".
 
Um deles é Abelardo Camarinha (PSB-SP). "Réu em quatro ações no Supremo Tribunal Federal (STF), além de estar sob investigação em outros seis inquéritos. Ele responde a processos por crime ambiental, de responsabilidade, contra a lei de licitações e contra a honra. Na lista dos inquéritos estão acusações por crimes contra a ordem tributária, finanças públicas, de responsabilidade e improbidade administrativa", descreve a reportagem.

Marcos Medrado (PDT-BA), que já integrava o Conselho de Ética na legislatura passada (jan.2007-jan.20011), é investigado por crime eleitoral, diz o "Estado". E Vilson Covatti (PP-RS) "praticava nepotismo na Câmara, contratando cunhados. Obrigado a demiti-los após decisão do STF, o deputado nomeou concunhadas. Sob pressão da opinião pública, ele as exonerou depois", afirma a reportagem.

O site "Congresso em Foco" escreveu ainda, em 22.mar.2011, que "20% dos membros do colegiado enfrentam inquéritos e ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF)". O levantamento feito pelo site indica que o recordista é Camarinha, com 4 ações penais e 9 inquéritos.
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Outro lado
Abelardo Camarinha (PSB-SP) minimiza a quantidade de processos contra si. Ele se diz inocentes e atribui as pendências aos mandatos que exerceu como prefeito de Marília. "Se a Madre Tereza de Calcutá fosse prefeita, também teria seis ou sete processos contra ela", argumenta. Camarinha admite deixar o Conselho de Ética caso questionamentos sobre os processos aos quais responde forem feitos.

Já Marcos Medrado (PDT-BA) afirmou que, apesar de ter sido presidente estadual do PP, "não se envolveu com a prestação de contas do partido, questionada na Justiça", informa a reportagem.

O que aconteceu?

Nada.

Camarinha, Medrado e Covatti assumiram vagas de suplentes do Conselho de Ética, o que lhes confere poder para atuar nessa instância. Aqui, página da Câmara com os nomes dos integrantes titulares e suplentes do conselho.

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