87. José Sarney (PMDB-AP) faz consultoria de imagem com verba pública
Data de Divulgação
22.nov.2011O escândalo
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pagou uma empresa de consultoria de imagem com dinheiro do Senado, noticiou a "Folha de S.Paulo" em 22.nov.2011.
Segundo o jornal, o senador esteve envolvido em escândalos administrativos nos últimos anos e "quer mudar sua imagem pública", por isso decidiu contratar a consultoria.
O dinheiro saiu da cota parlamentar –que serve para reembolsar os congressistas por gastos decorrentes do exercício do mandato (aqui mais detalhes sobre o uso dessa verba).
"Foram duas parcelas de R$ 12 mil pagas em julho e agosto [de 2011] para a empresa Prole Consultoria em Marketing", relatou a "Folha". O serviço, segundo o jornal, foi realizado em maio e junho de 2011.
Na tentativa de mudar a imagem, Sarney já conta com nova página na internet, indicou a "Folha". O site se chama "O presidente da democracia". O endereço é: josesarney.org.
"Além de elogios ao senador, a página apresenta versões amenizadas de escândalos, como o da edição dos atos secretos (decisões administrativas que não eram publicadas e envolviam nepotismo, por exemplo) do Senado em 2009". Esses escândalos foram registrados por este Monitor aqui.
"Em outro trecho, o site diz que "em diversos mandatos, como presidente do Senado Federal, Sarney implantou o mais amplo sistema de transparência das instituições governamentais brasileiras"", relatou o jornal.
Outro lado
A assessoria de José Sarney (PMDB-AP) informou que especialistas avaliaram o trabalho parlamentar do senador. "A Folha pediu para ter acesso ao material, mas segundo a assessoria as informações são "reservadas"", disse a reportagem.
Em nota, a assessoria também afirmou que "Sarney, no exercício de seu mandato, não utilizou recursos públicos para fins particulares.
A Prole, empresa que fez a consultoria, informou que fez uma avaliação da estratégia de comunicação do senador com a imprensa, publicou a "Folha".
Sobre o site, a assessoria de José Sarney afirmou que está no ar em caráter experimental e foi pago "pessoalmente pelo senador e contempla, além da divulgação da atividade parlamentar, aspectos de sua obra acadêmica, sem nenhum tipo de custo para o Senado".
O que aconteceu?
Nada.