ESCÂNDALOS NO CONGRESSO

32.Marconi Perillo (PSDB-GO) é investigado por suposta propina

Data de Divulgação

9.jul.2010

O escândalo

O Supremo Tribunal Federal (STF) investiga se o senador Marconi Perillo (PSDB-GO) recebeu propina de R$ 2 milhões durante seu mandato como governador (1999 -2006). A notícia foi publicada em 9.jul.2010 pelo jornal "Folha de S.Paulo" (aqui, para assinantes do UOL e da "Folha" e, aqui, reprodução da reportagem publicada no "Blog do Noblat").

Quando a reportagem foi publiada, em 9.jul.2010, Perillo ocupava o cargo de vice-presidente do Senado e era candidato ao governo de Goiás". A suspeita do recebimento da propina foi detectada pela Polícia Federal (PF) em interceptações telefônicas da Operação Perseu (realizada em 2004). A operação prendeu 12 pessoas por sonegação fiscal de R$ 150 milhões praticada por frigoríficos, mesmo ramo dos empresários que teriam pagado a propina a Marconi Perrillo, informa a "Folha".

Nas interceptações, 4 empresários do ramo de frigoríficos discutiam subornar Perillo para que o governo de Goiás mudar leis estaduais em benefício do setor. Eles afirmaram que Marconi Perillo concederia, em troca de propina, benefício fiscal de 7% para os frigoríficos pagarem dívidas tributárias com o Estado, o que ocorreu 3 meses depois com a promulgação de uma lei, informou a "Folha".

Os grampos incluem conversa do empresário Ney Padilha, preso pela PF, com Rodrigo Siqueira, ex-sócio da empresa Goiás Carnes. A "Folha" publicou, em 9.jul.2010, trecho de diálogo entre os 2 relatado pela PF: "Rodrigo diz que "só precisa fazer essas coisas aí, aquela parte que é esquisita". Ney pergunta que parte. Rodrigo responde: "você conhece político né". Ney diz "tem que acertar né'", informa a transcrição".

No pedido de abertura de inquérito no STF, a Procuradoria-Geral da República informou que "foi instaurado procedimento noticiando a suposta prática de corrupção passiva envolvendo Marconi Perillo, consubstanciada no recebimento de R$ 2 milhões para alteração da legislação tributária", noticiou a "Folha".

Outro lado
A defesa do senador afirmou à "Folha" que ele é inocente e não participou da elaboração da lei citada em conversa de terceiros, de acordo com reportagem do jornal publicada em 9.jul.2010 (aqui, para assinantes da "Folha" e do UOL).

"O senador desconhece completamente o assunto. Ele nunca atuou com essas pessoas, nem sequer acompanhou a mudança na lei", disse o advogado Antonio Carlos Almeida Castro ao jornal, acrescentando que a defesa não teve acesso ao inquérito.

De acordo com a "Folha", o empresário Ney Padilha disse que não falaria sobre o assunto ao telefone e desligou. O advogado do empresário Rodrigo Siqueira, que também aparece nos grampos, afirmou que não teve acesso ao inquérito e que não falaria a respeito. O advogado de Ney Moura afirmou que seu cliente não pagou propina a Perillo.

O que aconteceu?

Nada.

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