28. Membros do Conselho de Ética usaram passagens e ajudam financiadores de suas campanhas
Data de Divulgação
20.04.2009O escândalo
Integrantes do Conselho de Ética usaram passagens para ir ao exterior com parentes, segundo revelou a "Folha" (aqui): Cinco titulares e dois suplentes gastaram um total de 54 bilhetes em passagens internacionais.
Dagoberto Nogueira (PDT-MS) bancou 16 passagens para familiares e funcionários para Miami, Paris, Milão e Buenos Aires. Também foi aos Estados Unidos e a Itália. No dia 1º de maio, o jornal "O Globo" noticiou que Dagoberto renunciou ao seu cargo no Conselho de Ética (Leia aqui).
Moreira Mendes (PPS-RO) levou mulher e filho para Miami com passagens pagas pela Câmara.
Waldir Maranhão (PP-MA) emitiu três bilhetes para Londres.
Ruy Pauletti (PSDB-RS) emitiu duas passagens para Paris, duas para Milão e mais duas para Miami.
Nazareno Fonteles (PT-PI) usou cinco bilhetes em nome de terceiros para Miami.
Fernando Coruja (PPS-SC) usou passagens para familiares e uma funcionária para Paris e Buenos Aires.
Marcelo Melo (PMDB-GO) emitiu passagens para si e familiares para Miami e Buenos Aires.
No dia 18 de maio, o Correio Braziliense (aqui) mostrou que membros do conselho beneficiam financiadores de suas campanhas, além de responder a processos no STF.
Em 2004, o presidente do conselho José Carlos Araujo (PR-BA) apresentou um requerimento para o Ministério dos Transportes firmar uma parceria com a empresa Veracel Celulose, da qual ele recebeu R$100 mil reais para se eleger. Ele diz não haver qualquer relação entre as duas coisas.
Moreira Mendes (PPS-RO) apresentou um projeto para facilitar a expedição de registro de armas, ampliando essa atribuição para a Polícia Civil dos Estados. Membro da "bancada da bala", ele recebeu R$10 mil da fabricante de armas Taurus e R$ 50 mil da Companhia Brasileira de Cartuchos na sua última campanha.
O deputado Abelardo Camarinha (PSB-SP) é acusado em 12 ações por crimes de ordem eleitoral, ambiental, contra a ordem tributária e por crime de responsabilidade fiscal no Supremo Tribunal Federal.
Urzeni Rocha (PSDB-RR) é acusado de formação de quadrilha, peculato e por crime contra o meio ambiente.
Wladimir Costa (PMDB-PA) é acusado em duas ações e um inquérito.
Sérgio Moraes (PTB-RS), o deputado que "se lixa" para a opinião pública, é réu em duas ações nas quais responde por crime de responsabilidade.
Já Mauro Lopes (PMDB-MG) admitiu usar a sua verba indenizatória no seu próprio posto de gasolina.
O que aconteceu?
Nada.