67. Sarney é acusado de ter conta bancária no exterior
Data de Divulgação
11.07.2009O escândalo
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) teria uma conta bancária no exterior não declarada à Receita Federal.
Reportagem publicada pela revista "Veja" (aqui) revela que os arquivos que fazem parte de um processo sigiloso de liquidação do Banco Santos indicam que Sarney tinha uma conta no exterior.
Segundo a reportagem, documento com o título "JS-2" mostra que este era o nome-código de uma conta de dólares de Sarney.
Segundo a revista, Sarney e o banqueiro Edemar Cid Ferreira estiveram em Veneza, em junho de 2001, visitando a Bienal de Artes da cidade.
O banqueiro fez em seu computador registros financeiros da viagem. Nas anotações está a entrega de US$ 10 mil em Veneza a "JS".
Nas investigações feitas pela Polícia Federal e por auditores do Banco Central nas atividades financeiras clandestinas do Banco Santos consta que o arquivo "JS-2 -Posição exterior JS" registrava saldo no exterior de US$ 870,5 mil em outubro de 1999. No arquivo "JS" também constam retiradas da conta no exterior.
A reportagem mostra que em um dos saques, de US$ 2.273, depois convertido em reais, especifica-se para quem o dinheiro deve ser entregue: na al. Franca (SP), onde a família Sarney tem apartamento.
A conta no exterior não faz parte das declarações de Imposto de Renda de Sarney. Os dólares da conta "JS" equivaliam a R$ 1,7 milhão em 1999, 74% do patrimônio declarado por Sarney.
Por meio de sua assessoria, Sarney disse que não manteve recursos no exterior no período, mas confirmou que esteve em Veneza com Edemar e as despesas da viagem foram pagas pelo banqueiro.
O que aconteceu?
Nada.