75. Senado banca tratamento em spa para funcionários
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28.ago.2011O escândalo
O Senado paga, desde 2010, pela estada de um de seus funcionários em um spa de luxo em São Paulo sem se certificar que o tratamento tem cunho médico, noticiou o "Correio Braziliense" em 28.ago.2011. A reportagem não revelou o nome do funcionário, apenas informou que ele sofre de obesidade mórbida.
O plano de saúde do Senado, o Sistema Integrado de Saúde (SIS), tem convênio com clínicas para emagrecimento em Brasília. Mesmo assim os pedidos do funcionário para estender seu tratamento em São Paulo foram aceitos ao menos em duas ocasiões: em dez.2010 e jul.2011.
O tratamento também não é permanente. Em 2011, o funcionário se hospedou 2 vezes no spa situado em Sorocaba, cidade próxima à capital de São Paulo. "Na primeira vez, ficou 20 dias. Alguns meses depois, hospedou-se por mais 30, gerando gastos de aproximadamente R$ 35 mil. Do fim de 2009 até hoje, outros dois servidores incluíram despesas semelhantes nas contas do plano de saúde do Senado", comentou a reportagem.
Outro lado
Segundo a reportagem do "Correio" de 28.ago.2011, a direção do Senado apertou o cinto contra abusos no plano de saúde. Isso, de acordo com o jornal, provocou a ira de funcionários que gostariam de ser reembolsados por procedimentos como plásticas e aplicações de botox.
"Na gestão linha-dura da diretora-geral, Doris Marize, as reuniões do conselho do SIS se transformaram em um festival de negativas a funcionários acostumados a pedir ressarcimento por aplicação de botox, implantes de silicone e cirurgias plásticas", publicou o jornal.
"Uma proposta que tramita no Senado torna proporcional o desconto na participação do plano de saúde ao número de dependentes, pois alguns servidores vinculam parentes distantes ao benefício. O primeiro-secretário da Casa, Cícero Lucena (PSDB-PB), afirma que o plano de saúde não está fechando as contas no azul. "A senadora Marta (Suplicy) está fazendo um levantamento em função do deficit do SIS. A receita não está cobrindo os custos, então, quem paga é o contribuinte", afirmou o primeiro-secretário da Casa", escreveu o "Correio".
O que aconteceu?
Nada.