Data de Divulgação

09.09.2009

O escândalo

A Folha (aqui) mostra que o Senado gastou pelo menos R$ 70 mil para a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) e um assessor participarem de um curso voltado para a capacitação de executivos.

O evento foi promovido pela empresa Newfield Consulting em três etapas: no México, na Argentina e na Espanha, entre abril de 2007 e janeiro de 2008.

O fundador da Newfield no Brasil é Luiz Sérgio Gomes da Silva, ex-funcionário do Palácio do Planalto, ex-assessor da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e filiado ao PT.

Gomes da Silva afirmou que o curso é voltado para executivos de empresas privadas, com técnicas e estratégias para capacitá-los a liderar equipes. "O principal cliente nosso é o gerente da grande empresa privada, em nível nacional e internacional. São os grandes executivos", disse.

O Senado desembolsou R$ 35.530 com as inscrições no curso. Com diárias, a senadora gastou R$ 11.837,40 nas cidades onde o curso ocorreu: Cidade do México, Buenos Aires e Sevilha.

Paulo André Argenta, assessor de Ideli, disse que ele e a senadora também tiveram as passagens aéreas pagas pelo Senado. A Folha fez uma estimativa e os dois teriam gasto, em valores atualizados, ao menos R$ 7.500 para comprar os bilhetes.

Em 10 de setembro, o Diário Catarinense (aqui) mostrou que a Newfield, com sede em Florianópolis, tinha entre seus funcionários temporários uma nora da petista, Maria Solange Fonseca, casada com Filipe Mescolotto, filho da senadora com seu ex-marido, o presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto.

Em 13 de setembro, o Diário Catarinense (aqui) mostrou que o filho da senadora, Filipe Mescolotto, também prestou consultoria para a Eletrosul na Newgield.

O que aconteceu?

Nada.