ESCÂNDALOS NO CONGRESSO

45. Senado pagou 291 passagens para ex-senadores e até para dois senadores já mortos

Data de Divulgação

08.05.2009

O escândalo

O Senado bancou 291 passagens aéreas da cota de 11 ex-senadores, sendo que em dois casos os bilhetes foram usados mesmo depois de os congressistas já terem morrido. A informação é do site Congresso em Foco (leia aqui)

As viagens foram realizadas de 9 de julho de 2007 a 27 de janeiro de 2009. Brasília, São Luís, Belém e Recife foram os principais destinos percorridos, diz o site.

Segundo a reportagem, são os seguintes os ex-senadores de cujas cotas aéreas saíram as 291 passagens:

João Alberto (PMDB-MA) - 98 voos

Rodolpho Tourinho (DEM-BA) - 79 voos

Roberto Saturnino (PT- RJ) - 54 voos

José Jorge (DEM-PE) - 14 voos

Jorge Bornhausen (DEM-SC) - 13 voos

Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL) - 8 voos

Joaquim Roriz (PMDB-DF) - 7 voos

*Ramez Tebet (PMDB-MS) - 7 voos

Heloísa Helena (PSOL-AL) - 6 voos

*Jefferson Peres (PDT-AM) - 3 voos

Alberto Silva (PMDB-PI) - 2 voos

(*) esses 2 senadores já morreram e suas passagens foram usadas por terceiros

Totais: 11 ex-senadores e 291 voos

O ex-senador Jorge Bornhausen (DEM-SC) voou com a verba do Senado após concluir seu último mandato em 2007. Segundo o Congresso em Foco, o ex-presidente do DEM usou o benefício para bancar 13 voos de novembro de 2007 a outubro de 2008. Além de Bornhausen, voaram a mulher, o genro e um funcionário do Casa.

O ex-senador confirmou ter usado a cota em viagens após o mandato. Ele diz ter "direito adquirido" para usar o crédito acumulado em companhias aéreas como bem entender.

A explicação de Bornhausen é parecida com a dos outros ex-senadores: todos julgam que as regras antigas davam a eles o direito de usar as passagens acumuladas depois de terminado o mandato -embora a finalidade dos bilhetes fosse para que cada um deles exercesse o mandato.

O que aconteceu?

Nada.

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