Data de Divulgação

30.jun.2010

O escândalo

Em 10.mar.2009, o Monitor de Escândalos registrou que o Senado possuía 181 diretores, incluindo o "diretor de garagem" e o "diretor de check-in". Os salários de quem ocupava esses cargos chegava a R$18 mil. Mais de um ano depois, em 30.jun.2010, repórteres do site "Congresso em Foco" constataram que o n° de diretores do Senado aumentou para 214 e as diretorias inusitadas continuam existindo.

Em mar.2009, por conta da divulgação do escândalo, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI), primeiro-secretário do Senado, anunciou a extinção de 50 diretorias, noticiou o "Congresso em Foco" em 19.mar.2010. No entanto, em jun.2010, o site informou que somente 4 diretorias haviam, de fato, sido extintas.

Aqui, todas as diretorias do Senado.

Outro lado
A secretaria de Recursos Humanos do Senado afirmou que os 50 cargos não foram extintos e que mudanças no quadro de funcionários serão feitas pela reforma administrativa do Senado, que tramita na Casa sob o nome "Projeto de Resolução 96/2009", informou o noticiou o "Congresso em Foco", em 30.jun.2010. No dia em que o site publicou o texto, o relator da reforma, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), ainda não havia entregado seu parecer sobre as mudanças.

Heráclito Fortes (DEM-PI) foi procurado pelo "Congresso em Foco" em 29.jun.2010, mas se negou a comentar o assunto até Jereissati apresentar seu parecer. A segunda-vice-presidente do Senado, Serys Slhessarenko (PT-MT), afirmou acreditar que a estrutura da Casa havia sido reduzida, mas admitiu não ter averiguado a extinção das diretorias. "Se eles anunciam 50 diretorias de corte, esses cortes têm de aparecer", disse ao "Congresso em Foco".

A reportagem também falou com o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Para ele, algumas diretorias devem mesmo ser mantidas. "Às vezes, a gente sai do Senado faltando cinco minutos para pegar um avião. É importante que exista um encarregado para emitir um bilhete, fazer um check-in", declarou o tucano ao "Congresso em Foco".

O que aconteceu?

Nada.