Data da divulgação

15.mar.2012

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), é suspeito de ter cometido crimes contra a administração pública quando foi diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) entre 2007 e 2010, segundo informa reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo". 

A Polícia Civil de Minas Gerais, durante a Operação Panacéia, apurou indícios de envolvimento de assessores de Agnelo com um grupo de farmacêuticos suspeito de fraudes, formação de cartel e sonegação fiscal. Os policiais apreenderam uma agenda que apontaria supostos pagamentos ao governador.

Escutas telefônicas feitas pela polícia revelam que representantes do laboratório Hipolabor, com sede em Minas, recorriam a assessores próximos de Agnelo para agilizar demandas na Anvisa.

Além de Agnelo, também responde ao inquérito o deputado Fábio Ramalho (PV-MG). Ramalho é investigado pois ele foi acionado pelo grupo laboratorial para agendar audiências na Anvisa.

Outro lado

Por meio da secretaria de Comunicação do DF, o governador Agnelo negou ao "Estado de S. Paulo" qualquer tipo de irregularidade e apontou "operação política", supostamente comandada por um governo do PSDB.

Na nota, a secretaria ainda alegou que "as sindicâncias da Anvisa, todas submetidas e validadas pela Controladoria-Geral da União, atestam a regularidade dos atos de Agnelo Queiroz, assim como certamente restará comprovado a partir do inquérito autorizado pelo Supremo Tribunal Federal".

Sobre o laboratório Hipolabor, disse que "estranha as bravatas dos dirigentes" da empresa, em que "fazem conjecturas que sequer se realizaram".

Ao "Estadão", a assessoria do deputado Ramalho disse que o caso é muito antigo e que ele não iria se pronunciar.

O que aconteceu?

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso acatou um pedido do Ministério Público e abriu inquérito contra o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), em 30.ago.2013.