Temer foi o último a renunciar à presidência da Câmara; veja a lista
Do UOL, em São Paulo
07/07/2016 15h29Atualizada em 07/07/2016 17h15
O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não é o primeiro político a renunciar ao comando da Câmara ou do Senado. Ao menos outros seis parlamentares já tomaram o mesmo caminho.
O último a tomar a decisão foi o presidente interino, Michel Temer (PMDB). Em dezembro de 2010, ele renunciou ao posto e ao mandato parlamentar para poder assumir o cargo de vice-presidente.
O primeiro caso aconteceu há 60 anos. O parlamentar também tinha o sobrenome Cunha, mas foi o único que abandonou o posto sem ter relação com escândalos de corrupção e com a posse de outro cargo. Confira a lista.
Líderes do Legislativo que renunciaram
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Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress Eduardo Cunha
Sob pressão desde 2015 quando apareceu entre os políticos envolvidos no esquema de corrupção na Petrobras, foi alvo de um processo no Conselho de Ética por ter dito à CPI da Petrobras que não tinha contas no exterior. Documentos indicaram que Cunha mantinha ao menos quatro contas na Europa com ao menos US$ 5 milhões bloqueados por suspeitas de lavagem de dinheiro. O peemedebista nega as acusações. Leia mais
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Imagem: Alan Marques/Folhapress Imagem: Alan Marques/Folhapress Michel Temer
O atual presidente em exercício renunciou à presidência da Câmara dos Deputados e ao próprio mandato de deputado em dezembro de 2010. O peemedebista tomou a decisão para poder assumir o cargo de vice-presidente da República em 1º de janeiro de 2011. Leia mais
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Imagem: Ueslei Marcelino/Folhapress Imagem: Ueslei Marcelino/Folhapress Renan Calheiros
Acusado de usar "laranjas" para comprar um grupo de comunicação em Alagoas, Renan Calheiros renunciou à presidência do Senado em dezembro de 2007. Ele também foi acusado de receber dinheiro de lobistas para pagar despesas pessoais. Sua cassação foi submetida duas vezes ao plenário e rejeitada em ambas. Reassumiu a presidência do Senado em 2013. Leia mais
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Imagem: Jorge Araújo/Folhapress Imagem: Jorge Araújo/Folhapress Severino Cavalcanti
Membro do chamado "baixo clero", o deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) foi eleito presidente da Câmara em 2005. Em setembro do mesmo ano, acusado de receber "mensalinho" para prorrogar a concessão de um restaurante da Casa, renunciou ao cargo e ao mandato para evitar a cassação. Candidatou-se novamente a deputado federal em 2006, mas não foi eleito. Leia mais
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Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress Imagem: Eduardo Knapp/Folhapress Aécio Neves
O atual senador do PSDB de Minas Gerais renunciou à presidência da Câmara dos Deputados e ao próprio mandato de deputado em dezembro de 2002. Ele tomou a decisão na época para se dedicar ao processo de transição do governo de Minas Gerais, para o qual foi eleito. O tucano assumiu o cargo de governador em 1º de janeiro de 2003. Leia mais
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Imagem: Lula Marques/Folhapress Imagem: Lula Marques/Folhapress Jader Barbalho
O senador do PMDB do Pará durou sete meses na presidência da Casa. Sucedeu Antonio Carlos Magalhães. Jader foi acusado de mentir em depoimento sobre o envolvimento em desvios de recursos do Banpará. Também foi acusado de impedir a tramitação de requerimento que solicitava relatórios elaborados pelo Banco Central sobre o assunto. Renunciou em setembro de 2001. Leia mais
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Imagem: Arquivo Última Hora/Arquivo Público do Estado de SP Imagem: Arquivo Última Hora/Arquivo Público do Estado de SP José Antônio Flores da Cunha
Único líder do Legislativo que não renunciou por estar envolvido em um escândalo, o deputado gaúcho defendeu a posse de Juscelino Kubitschek à Presidência em 1956, embora fosse filiado à UDN, partido que contestava a legitimidade do mandato do político mineiro. Depois de garantir a posse de JK no governo, despediu-se da presidência da Câmara e anunciou a saída da legenda.