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Paulo Bernardo confirma que Miriam Belchior ocupará Planejamento; saiba mais sobre a nova ministra

Da Agência Brasil

Em Brasília

24/11/2010 11h01

Ao sair de uma reunião hoje (24) com a presidente eleita, Dilma Rousseff, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, confirmou que a coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Miriam Belchior, assumirá o ministério do Planejamento no governo de Dilma. O ministro também que foi convidado para participar do novo governo, no entanto, ainda não há definição de qual pasta ocupará.

“Conversei com a presidente, ela me informou das escolhas que está fazendo. A Miriam vai para o Planejamento. Ela [Dilma] me fez um convite para participar do governo, mas um convite genérico, porque ela me disse que tem mais de uma opção e não queria decidir isso agora”, disse o ministro, que é um dos cotados para assumir a Casa Civil. Mesmo sem dizer a área, Paulo Bernardo disse que aceitou participar do governo de Dilma. “Se ela me convocar eu vou participar”, destacou.

Miriam Belchior, a atual coordenadora do PAC, o principal programa de infraestrutura do governo, tem 54 anos, é secretária executiva do PAC e esteve próxima à presidente eleita durante a gestão de Dilma na Casa Civil.

Engenheira de alimentos formada pela Universidade de Campinas (Unicamp), Miriam tem mestrado em Administração Pública e Governamental pela Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP). Desde 2001, Miriam é professora na Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia e no Departamento de Administração e Contabilidade Econômica na Universidade de São Paulo (USP).

Por dez anos, ela foi casada com o ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em 2002. Os dois já estavam separados quando ele foi assassinado. Durante a gestão de Celso Daniel no município do ABC Paulista, Miriam foi secretária de Administração e Modernização nos dois primeiros anos do mandato. Depois, passou a ocupar a pasta da Inclusão Social e Habitação.

Como Dilma, a futura ministra do Planejamento integrou a equipe de transição em 2002, ano em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito pela primeira vez. Na época, Miram já contava com a confiança de Lula e, no primeiro governo, passou a ser assessora especial do presidente.

Em 2003, Miriam foi chamada pelo então ministro José Dirceu para a Casa Civil, onde passou a ocupar o cargo de subchefe de Avaliação e Monitoramento da pasta.

No início deste ano, quando Dilma deixou o cargo para se candidatar, Miriam chegou a ser cotada para assumir a pasta. Ela tinha a preferência de Lula. No entanto, Erenice Guerra assumiu o comando da Casa Civil e Miriam ficou na coordenação do PAC.

Envolvida em denúncias de tráfico de influência, Erenice Guerra deixou a Casa Civil durante a campanha de Dilma. Mesmo assim, Miriam não foi alçada ao cargo de ministra, que coube ao secretário executivo da pasta, Carlos Eduardo Esteves Lima.