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Em carta de renúncia, Jader Barbalho diz que "vontade do povo paraense rejeitou a decisão do TSE"

Camila Campanerut* <br>Do UOL Notícias <br>Em Brasília

30/11/2010 15h29

Mais um passo foi dado para a saída do deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) de seu cargo na Câmara dos Deputados. A carta de renúncia, encaminhada pelo parlamentar à Mesa Diretora na manhã desta terça-feira (30), foi lida em plenário pela deputada Vanessa Graziotin (PCdoB-AM), que presidia a sessão nesta terça.

Para completar a oficialização da renúncia ainda falta a publicação da decisão no diário oficial da Casa, que deve acontecer nesta quarta-feira (1). A suplente Ann Pontes (PMDB-PA) é quem deverá assumir o cargo que pertencia a Barbalho.

Barbalho se candidatou a senador pelo Pará neste ano e teve os votos suficientes para se eleger, mas, não poderá assumir por ter sido barrado pela Lei da Ficha Limpa.

Com base na nova lei, o fato dele ter renunciado em 2001 ao mandato de senador para escapar de um processo de cassação, foi motivo para a decisão inédita do STF (Supremo Tribunal Federal). O parlamentar não atendeu às tentativas de contato do UOL Notícias.

O documento lido foi registrado ontem em cartório e protocolado hoje pela manhã. Na carta, o peemedebista ressalta o apoio que teve com os cerca de 1,8 milhões de votos na eleição para o Senado em outubro passado.

“A vontade do povo paraense rejeitou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral – pela inelegibilidade da minha candidatura – e sobretudo, a campanha jornalística odiosa com que meus inimigos atentaram contra meu nome como candidato, por todos os meios midiáticos possíveis, inclusive, panfleto”, defendeu ele na carta.

"Retorno ao Pará para empreender minha luta, ainda acreditando na via judicial para corrigir a violência política de que sou vítima em plena democracia, junto com 1,8 milhão de paraenses, brasileiros, que não têm dúvida quanto à minha elegibilidade e me escolheram como seu senador da República", acrescentou.

O deputado destacou o impasse no STF em relação ao Ficha Limpa, cuja decisão estava empatada em 5 a 5, mas que obteve um entendimento da maioria dos ministros de que se mantivesse o registro dele indeferido.

*Com Agência Câmara