Amorim diz que compra de 36 caças depende dos impactos da crise econômica mundial
Em visita à França, o ministro da Defesa, Celso Amorim, defendeu hoje (18) a renovação imediata da frota aérea do Exército brasileiro. Segundo ele, a compra dos 36 caças em discussão está condicionada, no entanto, ao fim da crise econômica internacional. Para Amorim, a compra dos jatos de combate depende dos impactos causados pela crise e o momento é de prudência.
O ministro disse que uma das possibilidades é que a compra dos 36 caças fique para 2012 e acrescentou que os aviões Mirage, da Força Aérea Brasileira (FAB), têm que ser substituídos até o fim de 2013. A concorrência para a venda dos jatos de combate envolve a francesa Dassault, a norte-americana Boeing, que disputa com o F-18, e a sueca Saab, que concorre com o Gripen.
"Não sabemos que consequências a crise econômica terá sobre o Brasil, então temos que ser prudentes sem esquecer as necessidades da defesa", disse Amorim, depois de reunião com o ministro da Defesa francês, Gérard Longuet.
Amorim e Longuet informaram que a França e o Brasil devem ampliar o intercâmbio nas áreas de defesa cibernética e intensificar os projetos de transferência de tecnologia francesa para o Brasil, com a construção de quatro submarinos convencionais de classe Scopène e um submarino nuclear.
Segundo os ministros, na reunião foi discutida também a situação no Haiti e no Líbano, países onde há grande contingente de militares estrangeiros integrando as forças de paz das Nações Unidas. Antes da conversa com Longuet, Amorim esteve com o chanceler francês, Alain Juppé.
O ministro da Defesa se reúne amanhã (19) com o presidente da França, Nicolas Sarkozy. Depois, segue para Cherbourg, na Normandia, no Noroeste do país, para visitar o estaleiro naval onde está sendo construído um dos quatro submarinos convencionais de classe Scopène.
*Com informações da emissora de rádio pública da França, RFI
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