Para impedir votação de projeto, manifestantes invadem Assembleia do Paraná
Cerca de 250 manifestantes ocuparam por quatro horas o plenário da Assembleia Legislativa do Paraná, em Curitiba, nesta segunda-feira (5). Eles protestavam contra a votação de um projeto de lei que autoriza o governo estadual a delegar a organizações sociais serviços públicos nas áreas de saúde e cultura. O texto foi encaminhado à Assembleia pelo governador Beto Richa (PSDB).
Os manifestantes, a maioria líderes sindicais e estudantis, acompanhavam a sessão desde o início da tarde das galerias da Assembleia. Por volta das 17 horas, depois que o presidente da casa, Valdir Rossoni (PSDB), anunciou que a proposta seria votada, eles tentaram entrar no plenário pela sala de imprensa, que fica nos fundos.
Após serem impedidos pelos seguranças, os manifestantes desceram para as tribunas de honra, que ficam nas laterais do plenário, e ocuparam o espaço reservado aos parlamentares. Com isso, a sessão foi suspensa. Quatro horas depois, a sessão continuou a portas fechadas, em outro espaço da Assembleia.
Pouco depois, deputados da oposição negociaram com os manifestantes a desocupação do plenário. Por volta das 22 horas, apenas pequenos grupos de estudantes e sindicalistas permaneciam do lado de fora da Assembleia, protegida por cerca de 50 policiais militares e civis. Parte dos manifestantes promete acampar em frente ao Legislativo e retomar os protestos nesta terça (6).
Após a desocupação, os deputados voltaram ao plenário e devem votar o projeto ainda nesta sessão. O argumento dos manifestantes é que a matéria é uma “tentativa disfarçada de privatização”. Eles querem a realização de audiência pública sobre o assunto. A liderança do governo alega que as organizações irão atuar apenas em “casos pontuais”.
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