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Misses e Mister Pará veem politicagem em plebiscito e são contra divisão

Fabrício Calado

Do UOL Notícias, em São Paulo

08/12/2011 06h00

Os paraenses campeões de concursos de beleza também têm opinião sobre a divisão do Estado e são unânimes em se dizer contra a proposta de rachar o Pará em três.

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Para as beldades, nada indica que a divisão vá melhorar o Estado. “Lógico que sou contra! Não vai mudar as coisas. Pelo contrário, formará outros grupos políticos que usarão dinheiro público para gastos pessoais”. Assim afirma Kátia Corrêa, 27, Miss Casada Brasil 2011 e veterana de concursos de beleza, com alguns prêmios no currículo: Miss Beleza Pará 2005 e Miss Brasil Maranhão 2003, entre outros.

Miss Mundo Brasil 2010, Kamilla Salgado, 24, também é da opinião de que não é por aí a solução para o Estado. “A gente não precisa dividir o Pará para administrar bem, mas sim unir esforços para lutar contra os problemas da terra." Dividir, diz ela, pioraria tudo. Segundo a bela, além de os novos Estados já nascerem com problema de caixa –hoje, o Pará tem uma dívida de R$ 3,3 bilhões–, outro efeito colateral seria o prejuízo ambiental. “Com a perda de rios e hidrelétricas, cada Estado vai ficar pequeno e precisará desmatar a floresta para se desenvolver.”

Mister Pará 2012, Adenir dos Santos, 27, diz que a história de dividir o Estado não é nova, mas ganhou força agora graças ao lobby de "alguns endinheirados", notadamente no sul do Estado. E embora pesquisas apontem que a maioria da população é contra dividir o Estado, ele aconselha a não subestimar os divisionistas. “São grupos pequenos mas com poder de decisão, do contrário a discussão toda não teria chegado a esse ponto [do plebiscito]”, diz.

Mais longe ainda vai a Miss Mundo Marajó 2011, Alinne Reis, 23. A bela é categórica em afirmar que a proposta não é só fruto de grupos com poder econômico, mas também é orquestrada por forasteiros. “Quem defende isso são pessoas que não são da cultura paraense, mas gente que migrou para o interior do Pará, fez essas regiões crescerem e, agora, quer dividí-las.”