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Deputada do Rio nega desviar salários de assessores e vai recorrer de decisão que suspendeu seus direitos políticos

O Tribunal de Justiça do Rio suspendeu por cinco anos os direitos políticos da deputada estadual Inês Pandeló (PT), denunciada pelo Ministério Público por improbidade administrativa - Divulgação/Assembleia Legislativa do Rio
O Tribunal de Justiça do Rio suspendeu por cinco anos os direitos políticos da deputada estadual Inês Pandeló (PT), denunciada pelo Ministério Público por improbidade administrativa Imagem: Divulgação/Assembleia Legislativa do Rio

Fabíola Ortiz

Do UOL, no Rio

31/05/2012 18h12Atualizada em 31/05/2012 18h15

A deputada Inês Pandeló (PT-RJ) negou, nesta quinta-feira (31), que desviava salários de seus assessores no município de Barra Mansa, no Estado do Rio, e afirmou que irá pedir a anulação da decisão do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio) que suspendeu seus direitos políticos por cinco anos.

A deputada disse ao UOL que ainda não foi notificada oficialmente. “Os nossos advogados estão esperando a publicação oficial, eu ainda não fui notificada. Os meus advogados estão entrando para anular o processo, uma vez que as nossas testemunhas não foram ouvidas. Não existe essa história de perder direitos políticos ou de inegibilidade. Pela lei, somente um colegiado pode destituir um mandato ou cassar direitos políticos”, argumentou Pandeló.

A decisão do TJ-RJ de suspender por cinco anos os direitos políticos da deputada estadual foi motivada por denúncia do Ministério Público pelo crime de improbidade administrativa. O processo corre na 14ª Vara de Fazenda Pública da Capital. Esta decisão de primeira instância seguirá para o colegiado do TJ e deverá ser publicada no Diário Oficial do Judiciário até a semana que vem.

As denúncias foram noticiadas pelo jornal "Aqui", de Barra Mansa, e deram origem a uma ação civil pública acolhida pelo Ministério Público.

A parlamentar é acusada de reter até 68% dos subsídios de seus assessores que atuam no município de Barra Mansa, no sul do Estado do Rio.

A deputada, que é pré-candidata à Prefeitura de Barra Mansa, retrucou as acusações e considera que haja perseguição. “Não sei de onde saiu esse percentual. Um ex-assessor, ao ser exonerado, foi para a imprensa dizer que eu retinha o salário deles. Todos os [militantes] do PT têm contribuições partidárias por entender que fazem parte de um projeto. Dentro do mandato de todos os deputados e senadores do PT, existe esse percentual para contribuição partidária. Não vai para a minha conta, vai para manter projetos dentro do mandato”, afirmou.

"Estranho que, todas as vezes que eu estou candidata em eleição, começam a surgir esses processos. Não vou dizer que seja uma revanche, mas estranho que processos antigos como este, de 2004, começam a ser agilizados na hora que eu estou saindo pré-candidata”, ressaltou.