Thomaz Bastos diz não temer Barbosa, relator do mensalão, na presidência do STF
O ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, que defende um dos réus do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal, afirmou que, para a defesa, não há receio algum de ter Joaquim Barbosa, relator do processo, presidindo as sessões do tribunal.
“De maneira nenhuma. Nós já o vimos presidindo uma sessão ontem”, disse, referindo-se à tranquilidade vista no plenário na quarta-feira (21).
Bastos, que é advogado do ex-dirigente do Banco Rural José Roberto Salgado, disse ainda que as divergências com Barbosa no processo continuarão a existir. “Continuaremos a ter muitas divergências, porque isso faz parte da democracia. A democracia não é consenso, é dissenso e respeito um pela opinião do outro.”
Bom magistrado tem consciência de seus limites, diz Barbosa
Sobre o fato de o ministro Barbosa ser conhecido por evitar receber advogados em seu gabinete, praxe entre outros magistrados, Bastos afirmou acreditar que ele passará a recebê-los agora que está na presidência.
"Eu não acredito que ele não vá receber advogados, eu acredito que ele receberá advogados nos termos que ele acha adequados receber advogados. Acho que têm que ser respeitadas reciprocamente as posições de cada um. Isso faz parte da democracia.”
Para Bastos, presente à cerimônia de posse, a alternância na mais alta posição do Judiciário brasileiro “traduz a continuidade republicana”, mas, no caso de Barbosa, possui também um “caráter simbólico”.
“No caso do ministro-presidente Joaquim, é mais importante na medida em que reveste um caráter simbólico, um caráter que diz respeito à ascensão, à mobilidade.”
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