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Renan ordena que manifestação no Congresso não seja reprimida

Do UOL, em Brasília

17/06/2013 21h53Atualizada em 17/06/2013 22h01

O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ordenou que as manifestações que ocorrem nesta segunda-feira (17) no Congresso Nacional, em Brasília, não sejam reprimidas.

Em nota oficial, Renan enfatiza o reconhecimento da legitimidade de manifestações democráticas e afirma que deu ordens para que a polícia legislativa não reprimisse a manifestação popular “e que em nenhuma hipótese usasse de violência, mantendo apenas a ordem necessária”.

Segundo a nota, o Congresso Nacional continuará aberto às vozes das ruas e recolherá todos os sentimentos das manifestações a fim de encaminhar soluções no que lhe couber, “como não poderia ser diferente em um ambiente democrático”.

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Renan não se encontra em Brasília nesta segunda-feira -- ele foi a São Paulo participar de reuniões com empresários.

O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), está reunido com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), está em viagem oficial à Rússia.

André Vargas, em nota oficial, afirmou acreditar no bom senso dos manifestantes para que o protesto termine de forma pacífica, embora não tenha sido identificado qualquer líder ou interlocutor. No momento, as principais entradas do Congresso estão protegidas por força policial para dissuadir qualquer tipo de invasão.

Entenda

A insatisfação que levou milhares às ruas em São Paulo, Rio de Janeiro e outras grandes cidades do país nos últimos dias, em manifestações que resultaram em inúmeros atos de violência, depredação e confrontos com a polícia, vai além do descontentamento com a elevação na tarifa do transporte público. E no momento em que o Brasil está sob os holofotes às vésperas de receber grandes eventos internacionais, o movimento ganha corpo e se espalha por outras capitais do país.

Desde a semana passada manifestantes, em sua maioria jovens e estudantes, têm protestado contra o aumento de 20 centavos nas tarifas do transporte público em São Paulo --foi de R$ 3 para R$ 3,20. Autoridades descartam rever o preço e argumentam que o reajuste, inicialmente previsto para janeiro, foi postergado para junho e veio abaixo da inflação.

Para a professora Angela Randolpho Paiva, do Departamento Ciências Sociais da PUC-RJ, o movimento emana de uma insatisfação difusa de estudantes. "É um grupo de estudantes, inclusive estudantes de classe média que estão na rua num momento de uma catarse mesmo. Quer dizer, os 20 centavos foram estopim para muita insatisfação com o que está acontecendo, e tomara que usem essa energia para outros protestos."

"Eu diria que tem uma insatisfação quando você vê que esses eventos [Copa das Confederações e Copa do Mundo] têm prioridade número um na gestão pública. Todo dinheiro é gasto nisso", disse. "Uma coisa é certa, o poder das redes sociais. Isso não pode ser desprezado em hipótese nenhuma. Essa questão da passagem é muito inesperado ter tomado essa proporção", disse.

(Com Agência Senado)

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