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MBL teme reação violenta pró-governo; MST diz que não sai das ruas e é pacífico

Acampamento do MST em Brasília durante preparativos para protestos no domingo Imagem: Flávio Costa/UOL

Flávio Costa

Do UOL, em Brasília

15/04/2016 16h50

Líderes pró e contra o impeachment dizem temer confrontos, embora ambos os lados tenham feito discursos pacíficos e pedido para que seus membros não aceitem provocações do outro lado.

"Pelas declarações públicas ameaçadoras de líderes e aliados do governo, nós tememos uma reação violenta do governo quando o processo de impeachment for aprovado pelo plenário da Câmara." A afirmação é do professor Maurício Bento, 24, apoiador do MBL (Movimento Brasil Livre).

O MST (Movimento dos Sem Terra) refuta esses argumentos. Para o membro da direção nacional Marco Antonio Baratto, não há motivo para "o medo" por parte dos grupos pró-impeachment. "Não vamos usar a violência qualquer que seja o resultado da votação na Câmara. Se o impeachment passar, nossa luta será política e com foco na nossa pauta, que é a reforma agrária."
 
Em conjunto com outros movimentos pró-impeachment, o MBL começa a ocupar o espaço que lhe cabe na Esplanada dos Ministérios a partir do final da tarde desta sexta-feira (15). "Estamos conversando com todas as pessoas que participarão das nossas manifestações para que não aceitem provocações", disse Bento. 
Acampamento no Parque da Cidade, em Brasília, que reúne pessoas pró-impeachment Imagem: Elza Fiuza/Agência Brasil

Ele diz acreditar que o momento mais crítico será logo após o encerramento da votação no plenário da Câmara, que decidirá pela continuidade ou não do processo de destituição da presidente Dilma Rousseff, durante a noite de domingo (17).

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Nesse dia, pelo menos 3.000 policiais militares do Distrito Federal estarão patrulhando as ruas de Brasília. A maior concentração será na Esplanada dos Ministérios, onde foi instalado um muro metálico de dois metros de altura para separar os grupos antagônicos. Espera-se que pelo menos 200 mil pessoas compareçam ao local durante a votação na Câmara.

Bento declara que o MBL continuará lutando pelo afastamento da presidente através dos meios legais, caso o Plenário da Câmara não aprove a continuidade do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. "Nós trabalhamos com a persuasão, defendemos nosso ponto de vista com argumentos e, na hipótese da não aprovação do impeachment ,não iremos apelar para a violência."

Já Baratto afirmou que nos últimos dias o acampamento montado por movimentos sociais ao lado do Estádio Nacional de Brasília - Mané Garrincha, em Brasília, tem sido alvo de hostilidades por pessoas que passam de carro pelo local. "O que pode haver é um ato espontâneo de alguém, mas nossa orientação é não provocar nem cair em provocação."
 

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