Grupo invade agência da CEF em Bauru contra corte no Minha Casa, Minha Vida
Wagner Carvalho
Colaboração para o UOL, em Bauru
24/05/2016 21h17
Manifestantes liderados pela Frente Brasil Popular, ligados a movimentos sociais como o MTST (Movimento dos Trabalhadores), invadiram no final da tarde desta terça-feira (24), em Bauru (349 km de São Paulo), uma agência da CEF (Caixa Econômica Federal) onde funciona a coordenação das ações do programa Minha Casa, Minha Vida para a região.
Após cinco horas no local, o grupo desocupou a agência por volta das 22h. De acordo com informações da Policia Militar, cerca de 300 manifestantes estavam instaladas em todos os andares do prédio onde funciona a agência. De acordo com os lideres da invasão, o objetivo é protestar contra o governo interino de Michel Temer, que promoverá o fim de programas sociais incluindo o Minha Casa, Minha Vida de acordo com eles.
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Por se tratar de um prédio publico federal as negociações de desocupação foram conduzidos pela Policia Federal.
O prefeito de Bauru, Rodrigo Agostinho (PMDB), entrou no prédio ocupado para tentar negociar pacificamente a desocupação. "A polícia não queria minha entrada, pensei que seria feito refém, mas conversei com os manifestantes e assumi alguns compromissos com eles para que deixem o local imediatamente", afirmou.
De acordo com Agostinho eles pediram que ele colocasse esses compromissos no papel para que pudessem negociar a desocupação. "Estou voltando ao gabinete para redigir esse documento", completou.
Marcio Rodrigo Alves de Oliveira, representante do grupo responsável pela ocupação, afirmou que uns dos motivos da ocupação é conseguir a garantia de que o prefeito não acabe com o programa no município e ainda chamar a atenção do governo federal para que o programa seja mantido em todo o Brasil.
Os manifestantes tomaram todos os andares do prédio e até um jantar foi preparada no local para ser servida às cerca de 300 pessoas que tomaram o prédio.
Quando assumiu como presidente interino, Michel Temer decidiu cancelar uma autorização tomada pela presidente afastada Dilma Rousseff que autorizava a construção de mais de 11 mil novas unidades do programa.