Após polêmica, Temer cita "direitos iguais" a mulher em casa e no trabalho
Do UOL, em São Paulo
09/03/2017 10h58Atualizada em 09/03/2017 15h28
Um dia depois de delegar às mulheres atributos domésticos, o presidente Michel Temer (PMDB) afirmou nesta quinta-feira (9) que não serão tolerados “preconceito e violência contra a mulher” e defendeu que “as mulheres tenham direitos iguais em casa e no trabalho”.
A mensagem foi publicada no perfil oficial de Temer no Twitter. O peemedebista lembrou que se está na Semana da Mulher e fez uma defesa do próprio governo sem mencionar as palavras que expressou ontem, Dia Internacional da Mulher: “Meu governo fará de tudo para que mulheres ocupem cada vez mais espaço na sociedade”, definiu.
Ontem, durante evento em referência ao Dia Internacional da Mulher, em Brasília, o peemedebista afirmou que tem "convicção do quanto a mulher faz pela casa" e da importância da figura feminina para a formação dos filhos que, segundo ele, é "seguramente" de responsabilidade da mãe.
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A declaração do presidente gerou uma série de críticas nas redes sociais e foi criticada por movimentos feministas.
A secretária nacional de Políticas para as Mulheres do governo Temer, Fátima Pelaes, minimizou a declaração. "O presidente Michel é muito mais do que palavras", disse.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, também minimizou a declaração e disse que o peemedebista estava "constatando um fato".
Nesta quinta, no primeiro evento público após a declaração da véspera, no entanto --a cerimônia em que sancionou projeto que torna Blumenau (SC) a "Capital Nacional da Cerveja" --, Temer não fez menção ao tema de gênero e preferiu falar da "festa de pacificação" que ele considera ser a Oktoberfest, principal evento turístico da cidade catarinense. "A festa é um exemplo pela pacificação das relações sociais para o Brasil", definiu.