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Lula pode participar do julgamento do caso do tríplex em 2ª instância?

Lula pode ser preso se condenação for mantida?

UOL Notícias

Do UOL, em São Paulo

16/01/2018 04h00

Se quiser, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode até comparecer à sessão em que será julgado pelo chamado processo do tríplex, da Operação Lava Jato, em segunda instância. No entanto, se o fizer, não poderá se manifestar; isso fica a cargo de seus advogados.

O julgamento de Lula está marcado para o dia 24, às 8h30, no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), em Porto Alegre. Até o momento, segundo sua defesa, o ex-presidente não comparecerá à sessão. É provável que ele nem sequer esteja na capital gaúcha, já que um ato com sua presença em São Paulo está confirmado para a tarde do mesmo dia.

A sala onde Lula deverá ser julgado não é grande. Além dos assentos para os desembargadores, representantes do Ministério Público e servidores, tem espaço apenas para os advogados dos réus e, eventualmente, estudantes de direito. Segundo o TRF-4, apenas advogados e pessoas que são partes do processo do tríplex acompanharão o julgamento na sala.

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Parlamentares do PT pediram ao presidente do TRF-4, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, para assistir ao julgamento de Lula --o grupo seria de quase 40 políticos, entre deputados e senadores. Com a restrição de espaço, Thompson Flores garantiu que acomodará os parlamentares em uma outra sala do tribunal, onde poderão assistir ao julgamento em um telão.

Sala de sessões da 8ª Turma, onde Lula deverá ser julgado Imagem: Sylvio Sirangelo - 11.jan.2018/Divulgação/TRF-4

Julgamento crucial para Lula

O julgamento do processo do tríplex em segunda instância ficará a cargo da 8ª Turma do TRF-4, formada por três desembargadores. Na primeira instância, o juiz Sergio Moro condenou Lula a nove anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Para o juiz, o ex-presidente recebeu R$ 2,2 milhões em propina da construtora OAS na forma do tríplex e ocultou a propriedade do imóvel. Segundo o magistrado, os crimes ocorreram dentro "de um esquema de corrupção sistêmica na Petrobras" e de uma "relação espúria" entre Lula e a OAS. A defesa do ex-presidente diz que não há provas dos delitos.

O resultado do julgamento em Porto Alegre será crucial para o futuro de Lula. Em pleno ano de eleições presidenciais e com o petista liderando pesquisas de intenção de voto, uma condenação em segunda instância pode torná-lo inelegível e até mesmo levá-lo à prisão. 

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