Rosa Weber nega pedido de liberdade para Grecco, dono da Rodrimar
Gustavo Maia
Do UOL, em Brasília
30/03/2018 18h54Atualizada em 30/03/2018 19h18
A ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou nesta sexta-feira (30) o pedido de habeas corpus do dono da Rodrimar, Antonio Celso Grecco, preso nesta quinta (29) durante a operação Skala, em São Paulo.
A defesa do empresário apresentou o recurso contra decisão do ministro Luís Roberto Barroso, que autorizou a prisão.
Na decisão, a ministra aponta que ainda há petições apresentadas pela defesa para revogar a prisão temporária pendente de análise por parte de Barroso, relator do inquérito que investiga se decreto assinado pelo presidente Michel Temer (MDB) beneficiou a Rodrimar.
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A investigação apura suposto esquema de propinas no setor portuário a partir do decreto, editado em maio do ano passado.
A operação prendeu amigos e antigos aliados de Temer, como o advogado José Yunes, ex-assessor do presidente, o coronel da PM João Baptista Lima Filho, e o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi.
As prisões têm caráter temporário e valem por cinco dias.
Ao todo, o ministro mandou prender 13 investigados, a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Representada pelos criminalistas Fábio Tofic Simantob, Maria Jamile José, Débora Gonçalves Perez e Maria Tranchesi Ortiz, a defesa de Grecco atacou o fundamento indicado por Dodge para pedir a prisão dele. A procuradora indicou "existência de suspeitas que [Grecco] seja principal articulador entre empresários do setor portuário de Santos (SP), no interesse de sua empresa e agentes públicos envolvidos nos crimes investigados, inclusive proximidade com Michel Temer".
Para os advogados, a existência de "meras suspeitas" não bastaria para decretar a prisão temporária.