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Padilha diz não haver "anomalia" em orçamento ao final do governo Temer

31.out.2018 - Onyx Lorenzoni (d), atual ministro-chefe da Casa Civil, entrega a Eliseu Padilha lista de nomes da transição Imagem: EVARISTO SA / AFP

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

04/01/2019 16h42

O ex-ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha (MDB) divulgou nota nesta sexta-feira (4) em que afirma não haver "anomalia" no orçamento executado ao final do governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). Padilha chefiou a pasta na gestão anterior, tendo como sucessor Onyx Lorenzoni (DEM) agora no governo de Jair Bolsonaro (PSL).

"Resta-nos com a absoluta clareza que no governo do presidente Michel Temer, no mês de dezembro de 2018, não houve e não há nenhuma anomalia nas decisões de execução orçamentária, através de empenhos e pagamentos, pois tudo está regularmente autorizado por leis orçamentárias tempestivamente aprovadas pela Comissão de Orçamento do Congresso Nacional", afirmou Padilha.

Nesta quinta (3), tanto Bolsonaro quanto Onyx disseram ter detectado "movimentação incomum de exonerações e indicações nos últimos 30 dias" -- ou seja, no último mês do governo Temer. Em entrevista após reunião ministerial nesta quinta, o atual ministro-chefe da Casa Civil não citou números, mas disse que Bolsonaro pediu um relatório a seus titulares de pastas "para ver para onde foi esse dinheiro, por que isso foi feito e se tem suporte para ter sido feito".

Padilha disse ser normal que, ao final de exercícios fiscais, os responsáveis pela execução orçamentária, como ele próprio junto aos ministros da Fazenda e do Planejamento, façam uma avaliação dos recursos destinados a cada ministério e transfiram verbas entre as pastas de acordo com as necessidades para a "melhor prestação de serviços à população e eficiência". Segundo Padilha, o mesmo ocorreu nos últimos três anos.

"Presumimos que deverá acontecer agora em 2019, no atual governo, que, certamente, também vai querer a melhor eficácia da execução do OGU [Orçamento Geral da União]", escreveu.

"O Orçamento Geral da União de 2018 tinha previsto um déficit de R$ 159 bilhões e as estimativas do Ministério da Fazenda e do Ministério do Planejamento, em dezembro último, foram de que o déficit deverá se situar entre R$ 125 bilhões a R$ 130 bilhões. Portanto, o governo Temer economizou em gastos em 2018 cerca de R$ 30 bilhões, mesmo com elevadíssimo grau de realizações", defendeu.

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