Ministros de Bolsonaro repudiam ataque ao STF com fogos de artifício
Guilherme Mazieiro e Felipe Amorim
Do UOL, em Brasília
14/06/2020 18h46
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, condenou os ataques feitos ao STF (Supremo Tribunal Federal), na noite de ontem. Manifestantes lançaram fogos de artifícios em direção ao STF e em um vídeo é possível ouvir um homem xingando e ameaçando os ministros.
"Ataque ao STF ou a qualquer instituição de Estado é contrário à nossa democracia, prejudica nosso país, e deve ser repudiado. Atitudes e pensamentos individuais não são mais importantes que nossos ideais", escreveu em seu Twitter.
Sobre o caso, o Ministério Público Federal no Distrito Federal determinou neste domingo (14) a abertura de inquérito policial. A investigação ocorrerá sob sigilo e regime de urgência.
As declarações de Jorge aconteceram após reação dos ministros da corte. O presidente do STF, Dias Toffoli, afirmou que o tribunal "jamais se sujeitará" a "nenhum tipo de ameaça".
Os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso também condenaram os ataques. Moraes disse que "a lei será rigorosamente aplicada e a Justiça prevalecerá".
O ministro da Justiça, André Mendonça, foi outro integrante do primeiro escalão do governo Bolsonaro que comentou o protesto contra o STF.
Mendonça afirmou que as instituições devem receber críticas com "humildade" e que "todo poder emana do povo".
Em nota, divulgada após a reação dos ministros do Supremo ao ato contra o tribunal, Mendonça também pediu "respeito às instituições".
"A democracia pressupõe o respeito às suas instituições democráticas. Qualquer ação relacionada à Presidência da República, ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal ou qualquer instituição de Estado deve pautar-se por esse respeito", disse o ministro.
"Portanto, todos devemos fazer uma autocrítica. Não há espaço para vaidades. O momento é de união. O Brasil e seu povo devem estar em 1º lugar", afirmou Mendonça.