Bolsonaro confirma indicação do ministro Jorge Oliveira ao TCU
Do UOL, em São Paulo
07/10/2020 18h20Atualizada em 07/10/2020 18h47
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou hoje a indicação do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira, para ocupar um cargo no TCU (Tribunal de Contas da União). A escolha de Oliveira já era dada como certa desde o início da semana.
"Encaminhei mensagem para o Senado Federal indicando o Maj R/1 PMDF [major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal], atual ministro da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, para exercer o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União", publicou Bolsonaro em uma rede social.
Antes de assumir a vaga, Oliveira ainda deve passar por sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, pré-agendada para o dia 20 de outubro. O ministro substituirá o presidente do TCU, José Múcio Monteiro, que se aposenta no final do ano.
Com a ida de Oliveira para o TCU, Bolsonaro terá que indicar um novo ministro da Secretaria-Geral. O mais cotado é o secretário especial de Assuntos Estratégicos, almirante Flávio Rocha.
Ministros ouvidos por Carla Araújo, colunista do UOL, disseram que o presidente também está avaliando possíveis mudanças na estrutura da pasta, que ganhou algumas atribuições com a chegada de Oliveira — como a sub-chefia de Assuntos Jurídicos (SAJ), por exemplo, que antes era subordinada à Casa Civil.
Ministro já foi cotado ao STF
Considerado uma das pessoas mais influentes no governo, Jorge Oliveira chegou a ser cotado para substituir Celso de Mello, também prestes a se aposentar, no STF (Supremo Tribunal Federal). Mas a indicação acabou ficando para o desembargador Kassio Nunes Marques, que deve ser sabatinado em 21 de outubro.
Marques já vem conversando com senadores em busca de sua aprovação. Por enquanto, a expectativa é que ele passe na Casa com facilidade, segundo afirmaram parlamentares ao UOL.
Bolsonaro almoçará amanhã com senadores no Palácio do Planalto para viabilizar a aprovação do desembargador e destravar o Renda Cidadã (ex-Renda Brasil), novo programa social do governo que substituirá o Bolsa Família após o fim do auxílio emergencial.
(Com Estadão Conteúdo)