Marco Aurélio: 'Não houvesse negacionismo, teríamos 350 mil mortos?'
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello disse que, caso não houvesse negacionismo, o Brasil não chegaria à marca de 350 mil mortos. A declaração foi dada hoje em entrevista ao colunista do UOL Kennedy Alencar.
"Não houvesse negacionismo, teríamos 350 mil mortos? Teríamos o recorde mundial 3.000 mortos por dia? Já morreu mais gente do que nos EUA proporcionalmente. Não teríamos", disse o decano, que irá se aposentar no dia 5 de julho deste ano.
O ministro reforçou que o Judiciário é inerte só atua mediante provocação. Diante disso, na visão de Marco Aurélio, se não houver "pontapé inicial" para determinar medidas restritivas mais amplas para conter a pandemia pelo Procurador-Geral da República, Augusto Aras, ou Humberto Martins, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), o Supremo não poderá atuar.
"Se houver, vamos atuar e ver se houve prática de crime comum ou de responsabilidade", declarou.
O ministro também alegou que Aras deve examinar os próprios atos e perceber que a passagem pela vida é finita, e que não há "espaço para arrependimento".
"Fazer o que deveria ter feito e não fez. Antes pecar por ato comissivo do que pecar por ato omissivo, que é inimaginável em se tratando de administração pública".
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