Witzel bate boca com Flávio Bolsonaro na CPI: 'Mimado'
Do UOL, em São Paulo
16/06/2021 12h41Atualizada em 16/06/2021 15h51
O ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel e o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) discutiram hoje na CPI da Covid após Witzel acusar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de perseguição política. Em certo momento, Witzel chama Flávio de mimado.
"Quero dizer que não tenho nenhum problema em estar na presença [de Flávio Bolsonaro]. O conheço desde garoto, conheço sua família, sua mãe, seu pai de longa data, minha questão aqui não é pessoal e em defesa da democracia", afirmou Witzel ao ser questionado se estava inibido pela presença de Flávio.
Nesse momento, Flávio Bolsonaro interrompe a fala do ex-governador e ironiza: "Que lindo discurso". Witzel então rebate: "Se o senhor fosse um pouquinho mais educado e menos mimado, o senhor teria respeito com o que eu falar. O senhor me respeite".
Witzel também diz que não faz a menor questão que Flávio esteja ou não presente para o seu depoimento e o senador responde que "se for reservado, eu vou estar presente também. Eu sou senador da República".
Flávio também interrompe fala do senador e relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), que responde: "Seu pai parece que não te deu educação, não me interrompa, por favor".
Para o senador Flávio Bolsonaro, há um "conchavo" entre Renan e Witzel. Ele ainda diz que o ex-governador é suspeito de desviar R$ 700 milhões do Rio de Janeiro durante a pandemia.
"Como diz um colega, o senador Eduardo Girão, isso não é corrupção, é assassinato. Tem sim o depoente a mão suja de sangue. Esse sim é o culpado e vem aqui com um monte de narrativa mentirosa. Faço questão de desmascarar, ele foi eleito enganando a população do Rio de Janeiro e depois se revelou quando sentou naquela cadeira de governador", disse o filho do presidente.