Uso de chapéu de couro no Nordeste, como fez Moro, é ridículo, diz Villa
Para Marco Antonio Villa, colunista do UOL, é "ridículo" políticos usarem chapéu de couro em visitas ao Nordeste, tal como o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) fez ontem ao visitar Pernambuco.
"É caricato, fica parecendo carnaval", disse o historiador ao UOL News, programa do Canal UOL, pontuando que uso do acessório não está relacionado com as áreas metropolitanas do Nordeste.
"O chapéu de cangaceiro ou de vaqueiro é coisa do Nordeste rural, e não do contemporâneo, das regiões metropolitanas, como Salvador, Recife e Fortaleza", afirmou Villa.
É ridículo, desnecessário e cria o pastiche (imitação ruim ou caricata de alguma coisa). Marco Antonio Villa, historiador e colunista do UOL.
Além do mais, segundo Villa, o uso do chapéu de couro com fins de angariar simpatia remonta a um passado não tão distante da história da região, com políticos oligárquicos das áreas mais remotas dos estados dominando os cenários políticos locais.
Moro utilizou o acessório em visita ao Recife, onde esteve presente em um evento de lançamento do livro "Contra o sistema da corrupção" (Editora Sextante), de autoria dele mesmo.
Ao utilizar o item, Moro repetiu o gesto que outros políticos, como Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), já fizeram. Entre os três, apenas o petista nasceu na região: no município de Caetés, antigo distrito de Garanhuns (PE).
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