Carlos Bolsonaro e Carlos Jordy dividem militância bolsonarista no Twitter
Uma briga no Twitter entre o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Carlos Jordy (PSL), no final da noite de ontem, dividiu militantes bolsonaristas na rede social.
A discussão começou após Jordy cobrar, em vídeo, mais empenho do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de deputados e senadores, para aumentar a base parlamentar. Enquanto alguns seguidores concordaram, outros afirmaram que as críticas desgastavam Bolsonaro.
Jordy publicou um discurso que fez no CPI (Congresso Politicamente Incorreto), evento organizado por ele próprio no último dia 18 de dezembro, em Niterói (RJ), que teve a presença de influenciadores e políticos bolsonaristas.
À plateia, Jordy afirmou que Bolsonaro "tem que se engajar na eleição de deputados do ano que vem [2022], mais do que foi em 2018", para que a base bolsonarista pudesse "sanar o problema do presidencialismo de coalizão". Menos de 15 minutos depois, Carlos Bolsonaro respondeu:
A manifestação de Carlos Bolsonaro foi apoiada por parte dos seguidores. Segundo eles, o congresso conservador promovido por Jordy teria sido marcado por ataques excessivos ao presidente, por parte de alguns participantes.
O próprio Jordy lembrou, em sua fala, que o governo tem apoio escasso no Senado. "Nós não temos base no Senado Federal. Não tem. Contamos nos dedos quem são os senadores aliados do presidente", afirmou.
Para o parlamentar fluminense, o governo precisa conquistar, no ano que vem, a presidência do Senado. Dessa forma, poderá abrir impeachment contra algum ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), o que "acaba com a patifaria" que seria a prisão de políticos e apoiadores de Bolsonaro por ordem da Corte.
A crítica foi uma introdução para a chegada, no palco, do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), que já foi preso duas vezes por ordem do STF e responde a um processo por ataques e ameaças a ministros da Corte.
No Twitter, Jordy respondeu à crítica de Carlos Bolsonaro e reiterou que o presidente precisa fortalecer sua base no Congresso. "Então agora, desde 2016 ao lado do seu pai, sou traidor? Era só o q me faltava, xará".
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