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Mourão crê que Bolsonaro vai 'exercer funções normalmente' mesmo internado

25 out. 2021 - O vice-presidente Hamilton Mourão e o presidente Jair Bolsonaro durante evento no Palácio do Planalto, em Brasília - Mateus Bonomi/Agif - Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo
25 out. 2021 - O vice-presidente Hamilton Mourão e o presidente Jair Bolsonaro durante evento no Palácio do Planalto, em Brasília Imagem: Mateus Bonomi/Agif - Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo

Luciana Amaral e Rafael Neves

Do UOL, em Brasília

03/01/2022 14h55Atualizada em 03/01/2022 15h00

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou hoje ao UOL acreditar que o presidente Jair Bolsonaro (PL) continuará a despachar normalmente do hospital particular em que está internado em São Paulo devido a um quadro de obstrução intestinal.

"Julgo que continuará a exercer suas funções normalmente", disse, ao ser questionado sobre o assunto.

Como vice-presidente, Mourão é a primeira autoridade na linha sucessória presidencial a assumir interinamente o comando do Palácio do Planalto em caso de impedimento de Bolsonaro.

Mourão encerra hoje um período de folga de oito dias na Bahia, onde passou a virada do ano com a família, e deve voltar a Brasília no início da noite.

O retorno, segundo a assessoria de Mourão, já estava previsto para hoje e não foi antecipado em razão da nova internação do presidente Jair Bolsonaro, hospitalizado em São Paulo desde a madrugada com uma obstrução intestinal.

Mourão estava hospedado na Base Naval de Aratu, uma instalação da Marinha próxima a Salvador, desde o último dia 27, data em que Bolsonaro chegou a São Francisco do Sul (SC) para passar o ano novo. O presidente, que passou mal ontem depois do almoço, precisou abreviar a folga no litoral catarinense, inicialmente prevista para terminar amanhã.

Apesar de Bolsonaro não ter previsão de alta, o governo ainda não sinalizou se ele deverá se licenciar do cargo para que Mourão assuma a presidência interinamente, ou se retomará as atividades no hospital.

Em sua última internação para tratar do intestino, em julho, Bolsonaro passou quatro dias no hospital, mas não se licenciou. O UOL perguntou ao Planalto que procedimento deverá ser adotado desta vez, mas não obteve resposta até o momento.

Embora não tenha havido um rompimento, a relação entre Mourão e Bolsonaro esfria gradativamente desde o primeiro ano do governo. O vice-presidente vem reafirmando sua lealdade a Bolsonaro, mas já se queixou mais de uma vez do distanciamento do presidente e da falta de espaço nas decisões do Executivo.

Em dezembro, porém, Bolsonaro fez um aceno a Mourão e afirmou, inclusive, que ele pode ser novamente o candidato a vice na chapa bolsonarista para as eleições deste ano.