No Dia das Mães, governo escala Michelle para divulgar ações para mulheres
A primeira-dama Michelle Bolsonaro participou nesse domingo de um pronunciamento do governo federal em rede nacional de rádio e TV, em comemoração ao Dia das Mães, junto à ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Rodrigues Brito.
As duas divulgaram uma série de medidas voltadas para mulheres em um momento em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) enfrenta resistência no eleitorado feminino, segundo pesquisas de intenção de voto para as eleições de outubro, e a primeira-dama é vista por aliados como um trunfo para diminuir a rejeição do marido entre as eleitoras.
As mulheres são a maioria do eleitorado brasileiro — segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) referentes a abril, são 79,2 milhões de eleitoras, ou 52% do total de votantes no país. Isso representa 8,7 milhões a mais do que os 70,5 milhões de eleitores homens.
Em três pesquisas diferentes feitas entre março e abril — Datafolha, Genial/Quaest e FSB/BTG Pactual — o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vem liderando as pesquisas de intenção de voto, teve vantagem mais ampla para Bolsonaro entre as mulheres do que entre os homens.
No pronunciamento, a ministra e Michelle falaram sobre a importância das mães e da maternidade. As duas também citaram as medidas tomadas pelo governo para o público feminino.
"Por conhecer os desafios da maternidade, temos o compromisso de cuidar das mães do nosso país. Nesse sentido, o Governo Federal tem implementado uma série de ações que beneficiam as mães brasileiras. Hoje, elas são prioridade no Auxílio Brasil, nos programas habitacionais e em todos os processos de regularização fundiária", começou Michelle.
A ministra completou dizendo que o governo trabalha para "a inclusão produtiva" dessas mulheres, disponibilizando "bilhões de reais em crédito". Cristiane Rodrigues Brito citou o programa "Brasil para Elas" e convidou as mães a conhecerem mais no site do governo.
Primeira-dama na campanha de Bolsonaro
Há cerca de duas semanas, o UOL mostrou que Michelle terá participação ativa na campanha de Bolsonaro à reeleição, com agenda própria de viagens pelo país.
Entre aliados de Bolsonaro, a colaboração da primeira-dama é vista como valiosa na tentativa de humanizar a imagem do marido e de se conectar não só com o eleitorado evangélico, mas com mulheres de classes mais baixas, sobretudo do Norte e do Nordeste.
No início de abril, inclusive, o presidente levou a primeira-dama para acompanhá-lo em viagem oficial. Na ocasião, os dois visitaram obras da unidade de radioterapia da Santa Casa de Bagé (RS) e discursaram. Bolsonaro disse estar "muito bem acompanhado da primeira-dama" e destacou que aquela era "primeira vez que ela sai comigo de Brasília, com toda certeza outras vezes ela me acompanhará".
Já Michelle fez um rápido pronunciamento, no qual agradeceu os presentes e repetiu o bordão utilizado pelo marido na campanha de 2018: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos."
A primeira-dama também apareceu em rede nacional na véspera do último Natal, ao lado de Bolsonaro. Em bairros de São Paulo e do Rio de Janeiro, a transmissão foi acompanhada de panelaço.
Josias de Souza: pronunciamento de Michelle é estranho e ilegal
*Com informações de Estadão Conteúdo
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